Share the post "Estabilizador de corrente: é seguro usar nos aparelhos eletrónicos?"
O estabilizador de corrente nada mais é que um equipamento criado para dar proteção aos seus aparelhos eletrónicos.
Ele atua para combater possíveis variação na tensão – como as quedas de energia, que podem prejudicar a TV, a consola de videojogos, etc. Mas, será que realmente funciona? Vale a pena investir em alguns desses aparelhos? Saiba tudo neste artigo.
Falhas de energia e os estabilizadores de corrente
As redes elétricas, por mais distintas que sejam, estão todas suscetíveis a problemas que gostaria de evitar e que podem mesmo chegar a danificar os seus aparelhos eletrónicos – são, por exemplo, as famosas variações de tensão e as temidas quedas de energia.
Quando há problemas na rede elétrica, é bastante comum que existam alguns prejuízos materiais – a queima de aparelhos eletrónicos é um dos exemplos, bem como a perda de diversos alimentos perecíveis que estavam guardados no frigorífico.
Quem não gostaria de ter a casa à prova destes inconvenientes? Para evitar que perca dinheiro em situações deste tipo, foram criados gadgets capazes de limpar, manter e estabilizar a energia que a sua casa recebe. O estabilizador de corrente é um dos exemplos deste tipo de equipamento.
Estabilizador de corrente: como funciona?
Os estabilizadores são pequenos aparelhos que, geralmente, integram uma chave que seleciona a tensão da rede elétrica, um fusível protetor, fichas de saída (para ligar e desligar os seus aparelhos) e mais uma chave que liga e desliga o próprio aparelho. Alguns modelos contam ainda com proteção da sua rede telefónica.
O que se espera destes aparelhos é que sejam, basicamente, capazes de controlar a tensão elétrica recebida através da rede, nivelando a voltagem e atuando para que qualquer descarga de energia não afete os aparelhos que tem em casa.
Como? No exato momento em que existe um aumento repentino – uma descarga – da tensão energética, os estabilizadores entram em ação para regular a energia distribuída por cada um dos aparelhos ligados. Quando a situação é inversa – ou seja, há uma queda na tensão -, os estabilizadores aumentam a carga energética e impedem que os eletrónicos se desliguem.
Em casos de necessidade, o próprio estabilizador “queima” para salvar o aparelho eletrónico que está sob a sua proteção. O responsável por este seu super poder é um pequeno fusível de proteção que entra em curto-circuito quando há situações de instabilidade na rede elétrica.
O fusível, portanto, corta o fornecimento da energia, impedindo que quaisquer variações na voltagem elétrica sejam capazes de alcançar e prejudicar os seus aparelhos eletrónicos.
Posso confiar no estabilizador de corrente?
Será que o estabilizador de corrente é, de facto, eficiente? Atualmente, a sua utilidade tem mesmo sido questionada e há várias razões para tantas dúvidas.
Tem sido comum ver algumas recomendações contra o não uso de um estabilizador para a proteger equipamentos de valor – principalmente os que têm fontes, como as consolas de videojogos.
A título de exemplo, a gigante Microsoft é uma das empresas que desaconselha o uso de estabilizadores. No site oficial, podemos ler que a empresa aconselha que os seus produtos sejam ligados diretamente à ficha, na parede.
Como alerta, a Microsoft avisa que a fonte de alimentação dos seus equipamentos podem não funcionar da melhor forma se estiverem conectadas aos cabos de extensão e aos estabilizadores de corrente.
Também o tempo de resposta dos estabilizadores deixa a desejar – os 8,3 milissegundos ainda representam um período demasiado longo respostas às falhas na rede elétrica e isso pode significar a perda de aparelhos mais delicados.
Especialistas no assunto chegaram mesmo a afirmar que a utilização dos estabilizadores pode danificar fontes de computadores, por exemplo.
O estabilizador de corrente é realmente necessário?
O estabilizador foi criado em meados dos anos 40 para regular a tensão dos aparelhos que funcionavam com válvulas – eram os primeiros frigoríficos e as primeiras televisões do mercado que, eram diferentes dos aparelhos eletrónicos atuais, e não contavam com transistores.
Hoje, além de termos à disposição a tecnologia dos transistores, outras novas ferramentas abalam a credibilidade e a confiança que antes víamos nos estabilizadores de corrente.
Os equipamentos modernos, por exemplo, já têm fontes de alimentação capazes de atuar automaticamente em diferentes redes – de 12o V a 220 V, por exemplo – e isso já é motivo suficiente para que os estabilizadores não sejam tão necessários.
Os novos computadores e as novas consolas de jogos são bons exemplos de aparelhos que dispensam a utilização de qualquer estabilizador.
Como os aparelhos mais modernos têm mais recursos de proteção – uma exigência do mercado para evitar os problemas de tensão e dispensar o uso de estabilizadores -, hoje temos os nobreaks (offline e online) e os filtros de linha.
Estes equipamentos mais recentes e de boa qualidade resolvem a maior parte dos problemas provocados pela instabilidade de qualquer rede elétrica. O resultado? Dispensam o estabilizador de corrente.
Nobreaks (offline e online) e filtros de linha: qual usar?
Os nobreaks offline, provavelmente, são ideais para se ter em casa, enquanto que os nobreaks online acabam por servir para estabelecimentos comerciais ou industriais, escritórios, servidores e hospitais.
O problema? Os nobreaks ainda são muito caros – especialmente os do tipo online. Isso é o que torna mais fácil e comum a escolha dos filtros de linha, que são eficientes e mais baratos.
Usar ou não o estabilizador de corrente?
Como já vimos e diante das muitas questões que se colocam a sua eficiência, o melhor será não usar o estabilizador de corrente para proteger equipamentos de maior valor ou com tecnologia mais avançada. Para esta função, o melhor será escolher usar nobreaks e filtros de linha.
Para aparelhos de menor valor ou mais antigos (rádios, candeeiros, equipamentos de som) aconselhamos a utilização de um estabilizador de corrente – desde que os aparelhos em causa não tenham fontes.
Uma das vantagens dos estabilizadores é funcionar, também, como extensores das fichas e oferecerem energia a mais de um equipamento ao mesmo tempo, sem qualquer risco de curto-circuito.