Cláudia Pereira
Cláudia Pereira
20 Mai, 2025 - 17:30

Já comprou algo que não precisava? Estas 8 dicas vão ajudar!

Cláudia Pereira

Estratégias práticas para travar compras por impulso, melhorar a gestão do consumo e ganhar mais controlo sobre o dinheiro.

Hoje em dia, comprar é fácil. Demasiado fácil. Com um clique, um produto está a caminho. O problema é quando essas compras são feitas sem pensar, por impulso. A boa notícia? É possível dar a volta à situação, com algumas estratégias simples.

Como travar o impulso de comprar: 8 dicas simples que funcionam

Todos já passámos por isto: entramos numa loja só para “ver” e saímos com um saco cheio. Ou abrimos uma app para espreitar as novidades e, em minutos, recebemos um e-mail de confirmação da compra. O consumo impulsivo é comum, mas pode ser controlado. Basta algum planeamento e uns truques práticos.

1.

Perceber o que leva à compra por impulso

Muitas vezes, não é a vontade de ter algo novo que nos faz comprar. É o estado de espírito. Um dia cansativo no trabalho? Uma ida rápida ao centro comercial parece uma recompensa. Uma discussão? Aquele gadget novo promete consolo instantâneo.

Ao reconhecer este padrão, pode substituí-lo por outra ação, por exemplo, ir dar uma caminhada ou sair com os amigos.

2.

Fazer uma lista antes de comprar

A lista é uma ferramenta simples, mas poderosa. Quando está definida, reduz-se a margem para compras por impulso. Ir às compras sem lista é como ir a uma maratona sem sapatilhas.

Pode criar uma lista semanal e passar a comprar só o necessário. Resultado? Menos desperdício e mais dinheiro no final do mês.

3.

Adiar a compra por 24 horas

A emoção do momento pode distorcer a necessidade real. Ao esperar um dia, a euforia baixa e a decisão torna-se mais racional. Se, passado esse tempo, ainda fizer sentido comprar, avança-se com mais confiança.

Viu um smartwatch que viu em promoção. Em vez de clicar logo em “comprar”, guarde o link e aguarde. No dia seguinte, pode perceber que mal usava o relógio que já tinha. Dinheiro poupado.

4.

Evitar ambientes de tentação

Redes sociais, newsletters de marcas, anúncios personalizados — tudo nos convida a consumir. Controlar a exposição a estas tentações é uma forma eficaz de reduzir os impulsos.

Pode desativar as notificações de apps de compras e deixar de seguir influenciadores que promovem produtos diariamente. Desta forma, passa a ver menos coisas que “precisa” de comprar.

5.

Estabelecer um orçamento mensal

Definir um valor máximo para gastos não essenciais ajuda a manter as finanças equilibradas. É uma forma de dar liberdade, sem perder o controlo.

Por exemplo, pode definir que só gasta 100€ por mês em compras fora das despesas fixas. Crie um ficheiro simples no telemóvel e vai registando tudo. Desta forma, não só gasta menos, como sente mais satisfação com o que compra.

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6.

Valorizar experiências em vez de coisas

As coisas perdem o brilho com o tempo. Já as experiências criam memórias. Escolher almoçar com amigos, fazer uma pequena viagem ou visitar um museu pode ser mais enriquecedor do que comprar o último modelo de telemóvel.

7.

Controlar o uso do cartão de crédito

Cartões de crédito facilitam compras, mas dificultam a perceção de gasto. Usar dinheiro físico ou débito traz maior consciência financeira. Ver o saldo a diminuir dói — e isso ajuda a pensar duas vezes.

8.

Manter o foco no que realmente importa

Antes de decidir comprar, faz sentido fazer uma breve pausa e colocar três questões essenciais. São rápidas, mas podem evitar arrependimentos:

— É algo de que realmente preciso?
— Já tenho algo semelhante que cumpra o mesmo propósito?
— Esta compra vai melhorar o meu dia de forma concreta?

Responder com honestidade ajuda a separar o desejo momentâneo da verdadeira necessidade. É um pequeno filtro com grande impacto.

Evitar compras impulsivas não é dizer “não” a tudo. É dizer “sim” ao que realmente faz sentido. É deixar de acumular e passar a escolher com intenção. No fim, consome-se menos, vive-se melhor e ganha-se paz — e saldo.

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