Cláudia Pereira
Cláudia Pereira
18 Set, 2025 - 12:30

Feira medieval em Marvila: torneios, cortejos e espetáculo prometido

Cláudia Pereira

A feira medieval de Marvila regressa de 19 a 21 de setembro no Parque Urbano do Vale Fundão. Torneios, cortejos, artesanato, danças e magia para todos.

Esta semana, Marvila transforma‑se numa aldeia medieval. De 19 a 21 de setembro, o Parque Urbano do Vale Fundão volta a acolher a famosa feira medieval, que celebra agora a sua 10.ª edição. A entrada é gratuita e o convite é claro: venha passar uns dias fora do tempo.

O que esperar da Feira medieval em Marvila

O ambiente promete transportar os visitantes para uma outra época. Nas ruas do parque, tudo ganha vida — há bailarinas com serpentes ao pescoço, a dançar entre o público ao som de ritmos orientais, com movimentos tão suaves quanto hipnóticos.

Entre um passo e outro, surgem os cortejos medievais: cavaleiros, nobres e aldeões desfilam em trajes de época, num verdadeiro desfile histórico, perfeito para quem não resiste a uma boa fotografia ou a um mergulho visual no passado.

Mais à frente, ouve‑se o som metálico das espadas. São duelos encenados com acrobacias, ritmo e intensidade, que mais parecem pequenos episódios teatrais do que simples demonstrações de combate.

Os torneios a cavalo são outra atração obrigatória. Os cavaleiros competem em velocidade e pontaria, num espetáculo onde a precisão se junta à adrenalina.

Pelo meio, o teatro de rua surpreende com personagens inesperadas e cenas cómicas, que surgem sem aviso e interagem com quem passa.

Lá no alto, as artes circenses dominam o céu. Malabaristas, acrobatas e cuspidores de fogo desafiam a gravidade, deixando todos de olhos no ar.

E claro, não podia faltar o mercado medieval, com bancas recheadas de artesanato, objetos feitos à mão, produtos locais e petiscos inspirados na época — com um toque moderno, para agradar a todos os gostos.

Programação em destaque

A sexta-feira começa em modo família. Logo pela manhã, das 10h às 12h, o recinto enche-se de crianças, curiosas e animadas, a experimentar jogos medievais, a ouvir histórias contadas por vozes que parecem saídas de um castelo antigo e a explorar exposições de aves de rapina. Os olhos arregalam-se ao ver as asas abertas das águias e dos falcões.

Durante a tarde, a feira aquece com danças orientais. O som dos tambores espalha-se pelo parque e dá o tom à chegada de figuras misteriosas que dançam com leveza, como se o tempo tivesse parado. Pouco depois, os cortejos atravessam o recinto: grupos vestidos a rigor marcham, posam, cumprimentam. Alguns parecem ter saído diretamente de um livro de história.

À noite, o clima muda. Quando o relógio se aproxima das 23h, o parque escurece, as luzes baixam e o fogo toma conta do palco. O espetáculo final do dia mistura pirotecnia com dança, música dramática e um certo suspense. É um encerramento digno de um enredo épico.

No sábado, o ambiente volta a ganhar vida a meio da tarde, com música medieval ao vivo. Instrumentos antigos enchem o ar com sons quase esquecidos, mas que ainda fazem vibrar quem os ouve.

Pouco depois, surge o cortejo, desta vez acompanhado pela falcoaria. É um momento de pura harmonia entre homem e ave, com demonstrações de voo que cortam o céu do parque e deixam miúdos e graúdos a olhar para cima.

O fim da tarde traz o Torneio Apeado, onde guerreiros enfrentam-se com coragem, escudos erguidos e lanças prontas. É intenso, teatral e cheio de ritmo.

Quando o sol se põe, os artistas voltam à cena. Primeiro, com números de circo que desafiam a gravidade e a lógica. Depois, com o grande torneio a cavalo, que enche a noite de energia, velocidade e gritos da plateia.

Domingo chega com espírito festivo e algum sabor a despedida. A feira reabre com nova energia. Há mais música, mais teatro, mais espetáculos para quem só agora conseguiu vir — ou para quem quis voltar.

O dia avança com novas oportunidades para ver os torneios, rir com as danças, explorar os recantos do mercado e, ao cair da noite, assistir ao espetáculo de encerramento. Uma última chama acesa no centro do parque, antes de regressar ao presente.

Dicas para aproveitar ao máximo

Para quem quer tirar o máximo partido da feira medieval, convém ir com algum plano na algibeira. O ambiente é envolvente, mas também exigente — são muitas atividades, vários recantos para explorar e um ritmo que, sem preparação, pode facilmente deixar algo por ver. Eis algumas dicas simples que ajudam a viver a experiência com mais leveza e prazer:

  • Chegar cedo é uma excelente estratégia. O parque é grande, os espetáculos começam cedo e há muito para explorar com calma.
  • Calçado confortável é essencial. As ruas são em terra batida e os percursos podem ser longos.
  • Consultar a programação antes de sair de casa ajuda a organizar o dia e evitar perder momentos importantes.
  • Levar água e alguns snacks pode ser útil, sobretudo entre um espetáculo e outro. A fome nem sempre avisa.
  • Explorar o mercado com atenção. Cada banca tem produtos únicos: joalharia artesanal, livros encadernados, sabões, poções e mais.
  • Estar atento aos detalhes faz toda a diferença. Há elementos escondidos, personagens em roaming e cenários que enriquecem a experiência.
  • Para quem vai com crianças, o equilíbrio é a chave. É importante alternar entre atividades e momentos de pausa, para que todos aproveitem.

Pronto para visitar?

A feira medieval de Marvila é uma pausa no tempo. Durante três dias, o bairro transforma‑se num palco vivo de histórias antigas, personagens excêntricas e experiências visuais marcantes.

É uma oportunidade para sair da rotina, rir, aprender algo novo e, quem sabe, comprar um amuleto da sorte ou experimentar hidromel.

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