Share the post "Viagem Medieval de Santa Maria da Feira recua até D. Afonso V"
A Viagem Medieval em Terra de Santa Maria está de volta, de 30 de julho a 10 de agosto, para mais uma edição do evento que tem atraído milhares de pessoas às cercanias do Castelo da Feira e às ruas da cidade.
Este ano o destaque vai para o reinado de D. Afonso V, sendo de esperar por uma série de iniciativas e recriações históricas pensadas ao pormenor e que são sempre uma garantia de sucesso.
Como sempre, esperam-se recreações muito realistas e diferentes espetáculos, que fazem recuar a região uns séculos no tempo.
Por isso, se nunca foi ou já é um cliente habitual desta viagem medieval, consulte todo o programa e prepare as armaduras.
Viagem Medieval 2025: contexto histórico
Afonso V foi aclamado rei aos seis anos de idade (nasceu em 1432) e casou cedo com sua prima Isabel de Lencastre, com quem teve três filhos. Até à sua maioridade, terá sido o seu tio, o Infante D. Pedro, Duque de Coimbra, regedor e governador do reino.
Pouco depois de atingir a maioridade, a Casa de Bragança promove uma série de intrigas e conluios contra o regente, levando a um contencioso que culminou na batalha de Alfarrobeira, onde morre o Infante D. Pedro.
Este infortúnio, mau grado para el-rei, chegou às Cortes europeias, tendo havido reações de repúdio, incluindo da Santa Sé.
A rainha D. Isabel, protetora dos frades Loios, morre em 1455 e D. Afonso V, apesar de várias possibilidades de casamento, realiza esponsais, em 1475, com a sua sobrinha, D. Joana, rainha de jure de Castela, entrando assim na disputa da sucessão do trono deste reino.
Dos cinco anos de conflito resultaria a Batalha de Toro (1476), contenda real comparada à Batalha de Aljubarrota. A propaganda política feita por cada um dos reinos deixou entender que ambos saíram vencedores.
O Africano
El-rei D. Afonso V entrou para a história com o cognome de O Africano, levando o espírito de Cruzada a terras da Mauritânia e conquistando as praças de Alcácer Ceguer (1458), Anafé, Arzila ou Tânger.
Ao seu lado estiveram bons e leais cavaleiros que ali combateram. Adulado pelos grandes senhores, sabia que o não faziam com honestidade, “antes por vontades escondidas”.
Mesmo assim, foi concedendo títulos, instituindo condados, como foi o caso do Condado da Feira, que terá sido criado por volta de 1472.
O título foi concedido a Rui Pereira, senhor da Terra de Santa Maria e de seu Castelo, pelo auxílio e os feitos que este senhor, com os seus escudeiros e homens d’armas realizaram durante a conquista de Arzila e a rendição de Tânger, estando mais tarde presente na batalha de Toro, assumindo uma das alas do combate.
Segundo os cronistas, D. Afonso V era um homem das Artes e das Letras, “escrevia bem, foi de grande memória e maduro a entender e de subtil engenho”.
Mandou reformar o arquivo régio (Torre do Tombo) e a livraria real, criou bolsas de estudo para moços fidalgos versados nas Leis e fundou um segundo estudo geral em Coimbra e outros polos culturais pelo reino.

Comece por isso já a fazer os seus planos e compre antecipadamente as entradas. Para saber mais, consulte o preçário do evento.
Como chegar
De carro:
- A1 (Porto/Lisboa/Porto) -> Saída “Feira”
- A29 (Aveiro/Porto/Aveiro) -> Saída “Feira”
- A32 (Oliveira de Azeméis/Porto/Oliveira de Azeméis) -> Saída “Feira”
De autocarro:
- Porto (Batalha) – Santa Maria da Feira (centro – rotunda hospital): Transdev / UTC – União Transportes Carvalhos / Auto Viação Feirense