A história começa em 2008 quando o Banco de Portugal dá ordens para as contas do BPP, na altura liderado por João Rendeiro, serem congeladas. Desde então tem sido um processo lento e repleto de promessas de soluções céleres que vinham de João Rendeiro, o Ministério das Finanças e inclusivamente de novos administradores do banco.
A Privado Clientes, uma associação representante de alguns clientes do BPP já havido divulgado que o Tribunal indeferiu a providência cautelar da Associação Portuguesa de Bancos (APB) contra o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), portanto, os pagamentos poderiam recomeçar.
O Fundo de Garantia de Depósitos já tinha começado a pagar em Abril aos clientes do Banco Privado Português, mas como a Banca apresentou duas providências cautelares, tais acções vieram bloquear o processo.
A Banca tomou tal atitude por acreditar que o Fundo de Garantia de Depósitos só deveria ser utilizado para os fins previstos na lei.
Uma vez que o tribunal indeferiu as duas acções, foi disponibilizado na passada sexta-feira um comunicado no site do FGD, onde referia que se iria “retomar o processo de reembolso“, fazendo-se os pagamentos dos devidos valores até a um limite máximo de 100.000 Euros.
Este comunicado não indica ao certo a data em que tal vai acontecer mas acrescenta que cada depositante irá receber a informação acerca do valor a receber assim como outras indicações.
Além dos montantes do FGD, os antigos clientes ainda vão receber do Estado os valores que não estejam cobertos pelo Fundo, portanto, serão todos os montantes que ultrapassem o limite estabelecido de 100.000 Euros.
Prevê-se que após o ínicio dos pagamentos pelo Fundo, também o Estado brevemente cumpra a sua obrigação política, a qual foi assumida em 2008 diante da evidente crise financeira.
Outra notícia interessante é que o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários está a liderar a constituição de uma mútua bancária, para admitir trabalhadores desempregados do BPP e também do Banco Português de Negócios, a qual pode vir a empregar 500 pessoas. A função das mútuas será a de administrar fundos de pensões, assim como produtos da área de saúde.