Muitos portugueses receiam que com a entrada do FMI o dinheiro que está aplicado nos seus depósitos possa estar em perigo. Ora bem é certo que com a entrada da ajuda externa as medidas de austeridade vão ser severas mas não exageremos. Para o dinheiro depositado nos bancos estar em risco era preciso que os bancos estivessem na falência o que não é o caso. Aliás, a banca nacional é até bem resistente e prova disso foi a crise em 2008, à qual os bancos sobreviveram com relativa facilidade.
O verdadeiro problema da banca actualmente é que as contas públicas afectaram a sua performance e retirou-hes a possibilidade de se financiarem nos mercados.
Mas ainda indo ao encontro da dúvida inicial, quanto à segurança do seu dinheiro, não se preocupe que ele está seguro e mesmo que algum banco fique em dificuldades existe o Fundo de Garantia dos Depósitos (FGD) que garante o pagamento ao cliente, no caso do banco ir à falência e não ter como devolver o capital ao cliente.
E o IRS? Será que se tiver direito a reembolso não o vou receber devido à crise que o país atravessa?
Quanto a isso, as Finanças fizeram questão de reforçar que os reembolsos não estão comprometidos.
E os meus investimentos? Principalmente, os certificados de aforro e do Tesouro, que não são nada mais, nada menos do que titulos de dívida pública. Portanto, quem compra estes títulos está a emprestar dinheiro ao Estado na expectativa de receber os juros. Será que estes estão em risco?
Estes provavelmente são os produtos financeiros mais em risco pois no caso de Portugal não cumprir os seus compromissos, o Estado pode alterar a taxa de rendimento ou até o prazo de pagamento de juros, de forma a reestrutura a sua dívida. Aqui sim o investidor sai afectado pois não vai receber o valor que estava à espera nem na altura que estava a pensar.
08 Abr, 2011 - 00:00
08 Abr, 2011
Com a entrada do FMI muitas pessoas questionam-se se o seu dinheiro estará seguro. Com a crise em que vivemos, tudo é muito frágil e um rumor espalha-se num instante, instalando-se o pânico. Vamos conhecer então a realidade, o que está de facto em risco ou não.