Share the post "Deseja ver a Fontana di Trevi? A partir de 2026 vai ter que pagar"
A icónica Fontana di Trevi, um dos monumentos mais fotografados do mundo, deixa de ter acesso gratuito.
A partir de 1 de fevereiro de 2026, os visitantes terão de pagar 2 euros para aceder à zona imediatamente em frente à fonte, uma medida confirmada pelo presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri.
A decisão surge como resposta ao fenómeno do sobreturismo que tem afetado a capital italiana nos últimos anos.
Entre janeiro e dezembro de 2025, cerca de nove milhões de visitantes acederam à zona próxima da fonte, o que equivale a uma média de 30 mil pessoas por dia.
Este volume massivo de turistas tem provocado não apenas superlotação, mas também problemas de conservação do monumento barroco do século XVIII.
Fontana di Trevi: novo sistema de bilhetes
O sistema de acesso à Fontana di Trevi foi pensado para equilibrar a gestão de visitantes com a preservação do carácter público do espaço. Serão criadas duas faixas de acesso, uma para turistas, que pagarão a taxa de entrada, e outra para residentes em Roma, que continuarão a ter acesso gratuito.
A taxa de 2 euros aplica-se apenas ao acesso próximo à fonte, onde os visitantes podem observar os detalhes da escultura e lançar a tradicional moeda. Quem preferir contemplar o monumento à distância poderá fazê-lo sem qualquer custo.
Os bilhetes poderão ser adquiridos através de uma plataforma digital, diretamente no local ou em pontos de venda físicos, como museus e centros de informação turística.
O acesso pago vigorará entre as 9h00 e as 22h00, enquanto durante a noite e as primeiras horas da manhã não será necessário comprar bilhete.
Crianças até cinco anos, pessoas com mobilidade reduzida e um acompanhante, bem como titulares da MIC Card (o cartão cultural do município de Roma) mantêm entrada gratuita.
A capacidade da zona em frente à fonte será limitada a 250 pessoas em simultâneo, uma redução face ao limite anterior de 400 visitantes implementado após as obras de restauro concluídas em dezembro de 2024.
Destino das receitas geradas

As autoridades romanas estimam que a medida possa gerar aproximadamente 6,5 milhões de euros por ano. Estes fundos serão investidos na manutenção e valorização do património da cidade, bem como no reforço da segurança nas zonas turísticas.
Uma parte significativa da receita será canalizada para tornar gratuito o acesso aos museus municipais de Roma, uma contrapartida que o município considera fundamental para democratizar o acesso à cultura.
Para além da Fontana di Trevi, outros cinco monumentos romanos que até agora eram gratuitos passarão também a ter entrada paga a 5 euros, designadamente a Villa di Massenzio, o Museu Napoleónico, o Museu de Escultura Antiga Giovanni Barracco, o Museu Carlo Bilotti e o Museu Pietro Canonica.
Dicas para visitar a Fontana di Trevi em 2026
Para quem planeia visitar Roma e não quer perder a experiência de atirar uma moeda à Fontana di Trevi, convém planear com antecedência.
A compra antecipada de bilhetes através da plataforma digital poderá evitar filas e garantir acesso nos horários preferidos.
Visitar fora das horas de pico, nomeadamente ao início da manhã ou ao final da tarde, continuará a ser uma estratégia válida para desfrutar do monumento com mais tranquilidade. E, para quem pretende apenas fotografar a fonte ou apreciar a sua beleza à distância, a vista permanece gratuita e acessível a todos.
A Fontana di Trevi mantém-se como um dos símbolos incontornáveis de Roma, onde arte, história e tradição se encontram.