Segundo algumas estimativas presentes num relatório do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), a economia paralela atingiu aproximadamente 49 mil milhões de euros em 2015. Uma verba que poderia encher os cofres públicos com 9,7 mil milhões de euros em receitas, valor que cobriria o défice e ainda deixaria algum excedente orçamental.
Fazendo as contas, podemos perceber que o peso da economia paralela representa mais de 27% no PIB português. Uma verba considerável, sendo necessário recuar até 2010 para encontrar um valor mais elevado.
O peso da economia paralela em Portugal é bastante superior à média da OCDE, fixada nos 16,4%. E segundo o relatório da OBEGEF, a proliferação deste tipo de atividades reflete “a fraude, o branqueamento de capitais, o aumento dos conflitos de interesse, o uso de informação privilegiada, a desregulação e o enfraquecimento do Estado”.
Em 1970, a economia paralela representava apenas 10,17% do PIB nacional, ou seja, um total de 121 milhões de euros. Mas a tendência tem sido de crescimento ao longo dos anos, aumentando em média 0,4% anualmente, concluiu o OBEGEF.
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10 Nov, 2016 - 10:50
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