Share the post "Habitação nas eleições autárquicas do Porto: 12 soluções em debate"
A habitação nas eleições autárquicas do Porto tornou-se um dos temas mais disputados da campanha rumo às urnas em 12 de outubro. Com os preços do arrendamento e da compra de casa a subir, cada um dos 12 candidatos às eleições autárquicas do Porto procura diferenciar-se com propostas específicas para facilitar o acesso à moradia.
Desde fogos devolutos à renda acessível e política de habitação pública, a diversidade de propostas reflete a urgência de soluções estruturais. Conheça, neste artigo, as principais promessas eleitorais relativamente à habitação na cidade do Porto e os compromissos a que os candidatos se propõem.
Promessas eleitorais habitação Porto: o que dizem os candidatos
Com foco no aumento da oferta e no apoio às famílias, a habitação afirma-se nos programas como uma prioridade central:
- Pedro Duarte (PSD/CDS-PP/IL) propõe colocar 20 mil fogos devolutos no Porto no mercado de arrendamento e estimular senhorios com incentivos fiscais, alinhado com políticas atuais da autarquia;
- Manuel Pizarro (PS) promete 5 mil novas casas com renda acessível no Porto e rejeita viabilidade em escalar o reaproveitamento dos imóveis devolutos;
- Diana Ferreira (CDU) defende mais habitação pública na cidade, criticando o impacto da especulação imobiliária e do crescimento do alojamento local;
- Filipe Araújo (PAN) propõe reforçar o apoio habitacional através do “Porto Solidário” com uma equipa especializada para desbloqueio de processos;
- Miguel Corte-Real (Chega) aposta na simplificação da burocracia para incentivar construção habitacional e manter os apoios sociais existentes.
Propostas de habitação acessível no Porto e arrendamento moderado
A crise no acesso à habitação justifica a procura de modelos sustentáveis, especialmente no arrendamento:
- Sérgio Aires (Bloco de Esquerda) critica o fracasso dos concursos em Monte Pedral e Monte da Bela e defende expansão da habitação pública nos terrenos municipais;
- Hélder Sousa (Livre) propõe um plano municipal de habitação comprometido com a exclusão de 30% dos imóveis da especulação imobiliária. É defensor de parcerias com habitação cooperativa no Porto e aposta firme em eficiência energética;
- Nuno Cardoso (NC/PPM) foca-se na terceira idade, propondo uma incubadora de cooperativas habitacionais adaptadas às necessidades dos idosos;
- Frederico Duarte Carvalho (ADN) faz ligações controversas a questões migratórias, sem apresentar propostas robustas para a habitação nas eleições autárquicas do Porto.
Habitação pública, cooperativa e combate à pobreza energética
A abordagem integrada entre sustentabilidade, inclusão e gestão pública está presente em várias candidaturas:
- Guilherme Alexandre Jorge (Volt) representa as preocupações dos jovens e propõe fusão entre habitação pública e modelo cooperativo, facilitando emancipação com dignidade;
- Luís Tinoco Azevedo (PLS) valoriza o papel de todos os agentes no mercado, incluindo investimento privado no Porto. Pede equilíbrio na regulação do alojamento local e quer restringir expansões hoteleiras;
- Maria Amélia Costa (PTP) defende o uso direcionado de terrenos municipais para habitação acessível e a criação de uma empresa autárquica focada em captar capital privado para arrendamento justo.
A atual empresa municipal Porto Vivo – SRU já atua neste campo com projetos de reabilitação e parceria público-privada para eficiência no mercado habitacional do município.
Escolher o rumo da cidade começa por estar informado. Partilhe este artigo e participe na discussão sobre o futuro da habitação no Porto!