Share the post "Apple lança “iPhone Pocket” por… 215 euros e gera polémica"
A Apple apresentou esta semana o seu mais recente acessório, o iPhone Pocket, um produto que rapidamente se tornou alvo de chacota e críticas acesas nas redes sociais.
O acessório, desenvolvido em colaboração com a icónica marca de moda japonesa Issey Miyake, é essencialmente uma bolsa de tecido tricotado para transportar o iPhone, com preços que variam entre os 140€ e os 215€.
O iPhone Pocket é comercializado em duas versões. Uma com alça curta, disponível em oito cores por 140€, e outra com alça comprida tipo crossbody, em três cores, que custa 215€.
Apesar das críticas generalizadas, ambas as versões esgotaram em poucas horas após o lançamento a 14 de novembro.
iPhone Pocket: críticas de todos os lados
Nas redes sociais, os utilizadores não pouparam nas críticas. “215€ por um calcetim cortado. Os fãs da Apple pagam qualquer coisa desde que tenha a maçã”, escreveu um utilizador no X.
Outros compararam o acessório ao famoso “mankini” verde-lima usado pela personagem Borat de Sacha Baron Cohen, especialmente quando apresentado na cor verde.
A Apple descreve o produto como nascido “da ideia de criar um bolso adicional”, com um design minimalista que envolve completamente o iPhone.
O tecido em malha permite que, quando esticado, se veja subtilmente o ecrã do telemóvel. O iPhone Pocket pode ser usado diretamente no corpo, atado a malas ou carteiras ou segurado na mão.
“A Apple e a Issey Miyake partilham uma abordagem de design que celebra o artesanato, a simplicidade e o prazer”, afirmou Molly Anderson, vice-presidente de design industrial da Apple.
O produto foi concebido utilizando uma técnica de tricô 3D característica da Issey Miyake, criando uma peça única de tecido sem costuras.
Ligação histórica com Steve Jobs
A colaboração tem um peso simbólico significativo. Issey Miyake foi o criador das icónicas camisolas pretas de gola alta que Steve Jobs, fundador da Apple, usava habitualmente.
A parceria representa, de certa forma, uma homenagem à herança de design da Apple e à ligação entre Jobs e o designer japonês, que faleceu em 2022.
Além do preço considerado exorbitante, muitos utilizadores questionaram a praticidade do produto. A ausência de fecho ou sistema de segurança levanta preocupações sobre possíveis roubos, especialmente em locais movimentados.
“Uma bolsa sem fecho num momento em que há cada vez mais roubos de iPhones? Não pensaram nisto”, criticou um utilizador.

Sucesso comercial apesar das críticas
Curiosamente, apesar do enxame de críticas, o iPhone Pocket esgotou rapidamente tanto online como nas lojas físicas selecionadas em França, China, Itália, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
Apenas dez lojas em todo o mundo comercializaram o produto, o que alimentou a sua exclusividade e procura.
Alguns analistas defendem que a Apple está a posicionar-se cada vez mais como uma marca de luxo e moda, não apenas como empresa tecnológica.
O iPhone Pocket, nesta perspetiva, não é um acessório de massas, mas sim um item de nicho para entusiastas de moda dispostos a pagar por exclusividade e design.
A Apple já havia lançado em setembro uma alça crossbody para iPhone por 55€, indicando um interesse crescente em transformar o iPhone num acessório vestível.
Alguns observadores notam que esta tendência, que começou com braçadeiras para corredores, está a evoluir para um uso quotidiano mais alargado.