Mais de 100 mil queixas no Portal da Queixa: cresce a voz dos consumidores em Portugal

O Portal da Queixa registou, só nos primeiros seis meses de 2025, mais de 100 mil reclamações, mais precisamente 104.926. Um crescimento de 11% face ao mesmo período de 2024.

A média diária? Uns impressionantes 580 consumidores a partilhar as suas frustrações. A plataforma reforça assim a liderança face ao Livro de Reclamações Eletrónico, continuando a ser a escolha preferida de quem quer ser ouvido.

Mais reclamações, mais voz ativa

Este aumento não é apenas um número, é o reflexo de uma tendência: os consumidores estão mais atentos, mais exigentes e mais participativos. E a verdade é que o Portal da Queixa está cada vez mais na linha da frente da defesa do consumidor.

Só de janeiro a maio, o portal já tinha superado o Livro de Reclamações Eletrónico, com mais de 89 mil queixas. Um claro sinal de que a confiança na plataforma continua a crescer.

Correio e logística no topo das reclamações

Qual foi a categoria mais mencionada? “Correio, Transporte e Logística”. Segue-se “Comunicações, TV e Media”, “Serviços e Administração Pública” e “Compras, Moda e Joalharia”.

Por outro lado, há boas notícias: os hipermercados mostram a melhor taxa de resolução, com quase 80%. O setor dos transportes também se destaca, com uma taxa superior a 74%.

Homens e mulheres quase empatados

O perfil das pessoas que reclamam está a mudar. Pela primeira vez, regista-se uma paridade quase perfeita: 49% mulheres, 51% homens. Em 2009, eram 65% homens. A mudança é clara.

As mulheres lideram nas queixas mais jovens, especialmente nas faixas 18-24 e 25-34 anos. Já as categorias mais “masculinas” continuam a ser as de apostas, automóveis e tecnologia.

O que mais se pesquisa?

Entre as marcas mais procuradas estão Digi Portugal, E-REDES, MEO, NOS, Uber Eats, CTT e Worten. As palavras que mais surgem nas queixas não enganam: “encomenda”, “valor”, “resposta”, “situação” e “serviço”. Tudo muito direto, sem rodeios.

A maioria das queixas vem de Portugal (quase 99%), mas há também vozes ativas noutros países. O Brasil lidera entre os utilizadores internacionais, seguido de França, Espanha, Suíça e Reino Unido.

A avaliação média das marcas é de 4,06 em 10. Os homens tendem a ser ligeiramente mais benevolentes (4,17), enquanto as mulheres avaliam com 3,93. A taxa de retenção da plataforma é de 41,5%, com maior fidelidade entre as mulheres.