Segundo os dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, o crédito malparado aumentou cerca de 4 milhões de euros em Setembro em relação a Agosto. No entanto, se comparado com o mesmo mês do ano passado, o valor aumentou 473 milhões.
Curiosamente, o malparado no crédito habitação diminuiu e o responsável pelo disparo da cobrança duvidosa é o crédito ao consumo.
Apesar de uma ligeira subida, o certo é que os créditos estão a aumentar. Nas empresas aumentou 515 milhões de euros, passando de 117.596 milhões em Agosto para 118.111 milhões em Setembro.
Nos particulares, houve um aumento no crédito à habitação que foi mais de 271 milhões, de seguida o crédito ao consumo, que ultrapassou os 28 milhões e para outros créditos mais 15 milhões.
Devido ao aumento de créditos quer a empresas, quer a particulares, os bancos precisam de oferecer condições para que os depósitos aumentem e assim cativar financiamento.
Tal facto explica o aumento da taxa de juro dos depósitos das famílias de 1,81% para 1,91%, enquanto que nas empresas passa de 1,52% para 2,23%.
O valor total de depósitos diminuiu e passa de 118,3 mil milhões de euros para 116,9 mil milhões, isto ainda de Agosto para Setembro.
Com o actual panorama é normal que os créditos comecem a ficar para trás, principalmente, numa altura em que muitas são as pessoas que recorrem a instituições de solidariedade para pedir comida. Chegando a este ponto, como é óbvio, os compromissos financeiros vão ficando para segundo plano.