Share the post "Natal, Ano Novo e Saldos: épocas críticas para ciberataques"
Natal, Ano Novo e a época de saldos em janeiro são alguns dos momentos mais críticos para a ocorrência de ataques levados a cabo hackers, destinados a roubar dados bancários dos consumidores.
Os dados apresentados num relatório da Kaspersky Lab – “From festive fun to password panic: Managing money online this Christmas” – não deixam margem para dúvidas: de um total de 12,448 consumidores entrevistados a nível mundial, 32% já foram vítimas destes ataques durante estas festividades (sendo que 26% nunca voltou a recuperar o seu dinheiro).
Como se prevê que as transações online atinjam um novo recorde este Natal, Passagem de Ano e nos saldos do mês de janeiro, o perigo é ainda maior. O conhecimento e prevenção destas ameaças cibernéticas é muito importante quer por partes dos utilizadores, quer por parte das empresas que prestam serviços online.
Entre os fatores que podem colocar as finanças dos consumidores em risco, está a dificuldade em controlar as credenciais de pagamento, após terem sido usadas em diversas plataformas de e-commerce, e a variedade de métodos de pagamento disponíveis. Mas as conclusões não se ficam por aqui.
Comportamentos online que facilitam os ciberataques
Comprar online é o mesmo que visitar um grande centro comercial, onde as pessoas podem comprar produtos a partir de dezenas de plataformas. Porém, nem sempre os consumidores se esforçam para manter sob controlo as suas informações privadas quando fazem pagamentos online.
Aliás, tal como avança o referido relatório, apesar de mais de metade das pessoas (54%) estar preocupada com o facto de os hackers poderem aceder aos seus dados financeiros, 36% daqueles que foram inquiridos não se lembram dos websites ou apps onde inseriram os seus dados.
Ou seja, apesar da maioria estar consciente da existência de ciberameaças financeiras, cerca de um terço assume algum desleixo na gestão dos seus dados.
O mesmo relatório revela ainda outras conclusões acerca do comportamento online dos consumidores, nomeadamente:
- Um terço das pessoas (31%) nem sempre se consegue lembrar das suas credenciais bancárias online;
- Um quinto dos entrevistados (20%) usa um dispositivo para armazenar detalhes de logins financeiros e passwords – razão pela qual um quarto dos consumidores (26%) já perdeu dinheiro devido a ciberataques financeiros;
- 54% dos consumidores estão mais preocupados com o facto das suas credenciais financeiras serem roubadas por ciber-criminosos do que outras informações privadas (por exemplo, morada ou fotografias pessoais);
- 46% dos entrevistados fariam mais pagamentos online se sentissem que as suas credenciais estavam mais protegidas.
Como os consumidores tentam garantir que as suas credenciais de pagamento sejam fáceis de recordar e encontrar, 20% destes prefere guardá-las diretamente nos seus dispositivos móveis, o que faz com que fiquem gravadas e que lhes consigam aceder mais tarde. Contudo, se estes dispositivos forem roubados ou perdidos, os consumidores ficam em risco de perder as suas informações pessoais e o seu dinheiro.
Isto porque qualquer pessoa passa a poder ter acesso à sua conta bancária, caso encontre as credenciais de acesso memorizadas diretamente no website ou nas notas do seu smartphone.
A ampla variedade de métodos de pagamento digitais existentes oferece liberdade aos consumidores para optarem pela forma que melhor lhes convém para adquirir produtos ou serviços.
O método preferencial continua a ser o pagamento através de cartões de débito e crédito, e transferências diretas entre contas bancárias e e-wallets, tal como o PayPal. Contudo, outros métodos de pagamentos estão a crescer em popularidade.
Graças aos smartphones e aos smartwatches, os consumidores não necessitam de andar acompanhados da sua carteira, dinheiro físico ou cartões de plástico. Esta tendência tem ajudado a criar popularidade entre os métodos de pagamento contactless, tal como o PayPass e o Apple Pay, que já são utilizados regularmente.
Cuidados a ter para evitar ciberataques financeiros
No que se refere às compras online, uma das principais recomendações é a de se assegurar que a entidade vendedora é legítima – e isto antes de ceder qualquer tipo de informação privada.
Recorde-se que os sites de venda têm que, obrigatoriamente, ter a identificação do vendedor, com denominação social, endereço físico, número de telefone e e-mail.
Se, por qualquer razão, desconfiar ou não conhecer a entidade, faça uma pesquisa e tente saber mais informações. Além disso, certifique-se de que a página na qual está a efetuar as suas compras é segura. Deve ter em atenção as medidas de privacidade e segurança do site para garantir que os seus dados não são partilháveis. Um sinal de que a página é segura é se o endereço começar por https em vez de http. Evite, assim, ser alvo de ataques de phishing.
No momento de escolher a forma de pagamento, opte, sempre que possível, por pagar por referência multibanco ou por contra entrega. Nas páginas onde já tem os seus dados bancários guardados, tenha sempre o cuidado de atualizar com regularidade as suas passwords. Escolha senhas fortes, com símbolos alfanuméricos e sinais de pontuação.
Ainda no que toca à segurança digital, a Kaspersky recomenda o uso de soluções de cibersegurança, que mantêm as contas dos utilizadores protegidas e garante transferências online seguras, nomeadamente o Kaspersky Security Cloud (uma solução que protege os detalhes dos cartões de crédito ao abrir um navegador seguro sempre que o consumidor quer fazer compras online e ao preencher automaticamente e em segurança os seus dados de pagamento) e o Kaspersky Password Manager (que garante aos consumidores um acesso seguro às suas palavras-passe, PINs e outras credenciais, em qualquer lugar ou dispositivo, tornando os pagamentos rápidos e seguros).
Importa, mais uma vez, reforçar que também as empresas e entidades que operam online devem adotar medidas de segurança digital no sentido de proteger os dados dos clientes e o próprio negócio.
Esteja atento e Boas Festas!
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