Quando se fala de mobilidade elétrica acessível e realista, há um nome que ressoa mais alto do que muitos outros: o Nissan Leaf.
Este modelo, que em 2010 marcou o início da era dos elétricos de grande volume, voltou agora a assumir um papel central na evolução dos veículos elétricos da Nissan com o lançamento da terceira geração, cuja produção começou recentemente na fábrica de Sunderland, no Reino Unido.
Para quem acompanha a transformação da indústria automóvel, este regresso é mais do que simbólico.
O novo Nissan Leaf sai da linha de produção de uma unidade que recebeu um forte investimento de 450 milhões de libras (cerca de 513 milhões de euros), parte de um plano industrial chamado EV36Zero que visa combinar a produção de veículos elétricos, baterias e energia renovável em Sunderland com tecnologia de última geração.
Nissan Leaf: o pioneiro que se reinventou
O Leaf foi lançado em 2010 como um carro elétrico familiar com a missão clara de provar que um veículo sem motor de combustão podia ser prático, eficiente e adaptado à vida do dia a dia.
A produção começou no Japão e, em 2013, alargou-se à fábrica britânica de Sunderland, onde mais de 282 mil unidades foram construídas ao longo das duas primeiras gerações, números que cimentam a sua importância na história da mobilidade elétrica.
Ao longo dos anos, o Leaf tornou-se sinónimo de eletrificação para famílias e condutores citadinos, acumulando experiências de uso e evoluções técnicas que o colocaram no centro da transição energética automóvel.
Hoje, com mais concorrência no mercado elétrico, a Nissan aposta numa nova versão que quer conjugar esse legado com tecnologia atualizada e versões pensadas para rivalizar com os modelos mais recentes.
O que traz de novo o Nissan Leaf

A terceira geração do Nissan Leaf representa um salto claro em relação à geração anterior.
O carro adopta uma plataforma elétrica moderna (a AmpR Medium) que permite maior flexibilidade de design e desempenho, aproximando-se do estilo crossover com linhas mais fluidas e aerodinâmicas, ao contrário do formato mais tradicional de hatchback do passado.
No coração desta evolução está uma bateria de maior capacidade (75 kWh) que, em muitas configurações, permite autonomias de até cerca de 622 km (WLTP) com uma só carga, tornando o Leaf ainda mais adequado a viagens longas sem ansiedade de autonomia.
Além disso, a Nissan incorporou novas tecnologias de funcionamento e conforto. O interior foi pensado para maior comodidade e conectividade (com sistemas de infotainment atualizados e interfaces modernas), enquanto o habitáculo ganha um ambiente mais espaçoso e confortável, com um teto panorâmico eletrocromático que melhora a sensação de amplitude e luminosidade no interior.
Leaf e o futuro da mobilidade elétrica

Com a produção a arrancar e as primeiras unidades a saírem da linha, o novo Nissan Leaf lembra que a eletrificação automóvel já não é uma tendência distante, mas sim uma realidade palpável, com modelos capazes de combinar eficiência, autonomia e conforto num pacote competitivo.
Enquanto símbolo de uma mudança profunda na forma como nos deslocamos (e com uma nova geração pronta para conquistar consumidores exigentes) o LEAF produzido em Sunderland promete ser um protagonista incontornável na próxima fase da mobilidade elétrica.
Mais do que um carro elétrico, é um legado revigorado.