Ekonomista
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30 Jul, 2025 - 12:45

Nova lei laboral em Portugal: mudanças defendidas pelo Governo

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Nova lei laboral em Portugal propõe modernização e flexibilização das relações de trabalho. Saiba o que muda, os pontos polémicos e por que o Governo defende esta reforma sem perder direitos.

A nova lei laboral está a destacar-se como um dos temas mais debatidos da atualidade política em Portugal. Defendida por figuras como Cecília Meireles, ex-deputada do CDS-PP, a proposta representa uma revisão estratégica da legislação laboral, com foco na modernização e na flexibilização das relações de trabalho.

Explicamos o que realmente muda, que pontos estão a gerar mais polémica e por que motivo o governo de Luís Montenegro acredita estar a legislar de forma mais eficaz — sem eliminar direitos dos trabalhadores.

Modernização da legislação laboral em Portugal

Flexibilização trabalhista: mais eficiência ou menos proteções?

Um dos pilares da nova lei laboral é a introdução de maior flexibilização trabalhista. Cecília Meireles afirma que o objetivo é atualizar práticas laborais, nomeadamente nas áreas da contratação a prazo, da organização dos horários de trabalho e da contratação coletiva.

Segundo Meireles, estas alterações não devem ser vistas como uma tentativa de reduzir direitos laborais, mas sim de adaptar o mercado às exigências atuais da economia. A proposta do governo de Luís Montenegro quer eliminar entraves legais que hoje prejudicam empregadores e trabalhadores, sem comprometer garantias básicas.

PS e a resistência a reformas na lei do trabalho

Cecília Meireles criticou ainda o PS por, durante os anos da “geringonça”, ter bloqueado revisões importantes na legislação laboral. Apesar dos bons indicadores económicos daquele período, Meireles entende que alguns aspetos da lei estão ultrapassados e necessitam de ajustes para acompanhar a realidade atual do trabalho e da produção.

A proposta de reforma trabalhista surge assim como uma correção de rumo, idealizada para dar mais competitividade às empresas sem fragilizar os direitos consagrados dos trabalhadores.

Luto gestacional e interrupção voluntária da gravidez em debate

Revisão do regime atual e as reações políticas

Outro ponto que tem gerado forte debate é a revisão da norma relativa ao luto gestacional. A proposta sugere eliminar os três dias de falta remunerada para os progenitores após a interrupção voluntária da gravidez. O Governo alega que não se trata de suprimir direitos, mas sim de os reunir no quadro da licença por interrupção já prevista na legislação.

Em termos práticos, os três dias não seriam removidos, mas integrados noutra disposição legal, o que para o Executivo representa uma melhoria, embora críticos aleguem que a mudança poderá gerar confusão e insegurança. Saiba mais sobre a opinião do Chega relativamente aos dias de falta para o luto gestacional.

Direitos do cônjuge e complexidade legal

Cecília Meireles sublinha que não há qualquer tentativa de “comprimir os direitos do cônjuge” nestas situações delicadas. O objetivo, segundo a ex-deputada, é evitar sobreposições entre diferentes regimes legais. No entanto, admite que será essencial garantir clareza na redação legislativa, para que não haja espaço para interpretações erradas e para proteger devidamente quem vive estes momentos complexos.

Apesar das resistências do PS e das críticas de vários setores, o governo de Luís Montenegro defende que esta reforma trabalhista Portugal é essencial para adaptar o país a novos desafios económicos e sociais.

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