João Pedro Silveira
João Pedro Silveira
18 Dez, 2018 - 08:07

O que visitar em Berlim: 10 monumentos e atrações a não perder

João Pedro Silveira

Berlim é uma das cidades mais vibrantes do Mundo. Quer saber porquê? Nós ajudamos e damos-lhe dez boas razões para descobrir esta excitante cidade.

O que visitar em Berlim: 10 monumentos e atrações a não perder

O que visitar em Berlim? A lista é longa, obviamente… Lembramos que Berlim é uma das cidades mais extraordinárias do planeta. Uma cidade que lidera em diversas áreas. É vibrante, jovem, culta, cosmopolita, diversificada… a cidade banhada pelo Spree encanta quem a visita, com a sua história, os seus monumentos e atrações, a oferta cultural…

O que foi em tempos uma pequena cidade da distante Prússia, cresceu para se tornar num dos centros da Europa, capaz de rivalizar em importância com Londres ou Paris.

Quem visita Berlim tem de ter consciência que vai de encontro à história. Desde os tempos dourados de Frederico II da Prússia à sombra negra do nazismo, passando pelos anos turbulentos da Guerra Fria e da RDA, Berlim não esconde as cicatrizes do seu passado…

10 atrações a não perder em Berlim

1. Porta de Brandemburgo

Quem olha para a Porta de Brandemburgo dificilmente imaginará o muro que ali passava dividindo a cidade entre 1961 e 1989, todavia as marcas ainda estão bem presentes na memória dos locais e todos os que viveram os momentos históricos em Novembro de 1989, quando o Muro foi derrubado pelos berlinenses e a cidade voltou só a ser uma.

A Porta de Brandemburgo, edificada entre 1788 e 1791 era, como o nome indica, uma das entradas da cidade antiga, e ainda hoje é o símbolo de Berlim, a atração número um na lista do que visitar em Berlim, situada na Praça de Paris – onde não pode perder o Hotel Adlon – bem no fim da Unter der Linden, bem perto do Tiergarten.

2. Reichstag

reichstag

Bem próximo da Porta de Brandemburgo fica o Reichstag, parlamento alemão, que foi o palco de um famoso incêndio a 27 de Fevereiro de 1933, que seria utilizado pelo regime de Adolf Hitler para suspender definitivamente as liberdades, instaurando a censura e banindo os partidos da oposição.

Durante a Segunda Guerra Mundial o Reichstag seria palco de bombardeamentos nos últimos dias da conquista de Berlim pelo Exército Vermelho, ficando parcialmente em ruínas. Com a Guerra Fria o edifício ficou na parte ocidental da cidade e seria reconstruido, mas como Berlim não era a capital da RFA o Reichstag tinha apenas um papel simbólico.

Seria apenas após a unificação que voltaria a ter a importância de outrora, voltando a ser a casa da democracia alemã, tendo para tal, sido alvo de uma reconstrução, projeto do arquiteto inglês Sir Norman Foster que lhe desenhou a famosa cúpula, hoje uma imagem de marca da silhueta berlinense.

3. Coluna da Vitória

No coração da cidade, na (antiga) entrada da cidade ocidental e a dois passos da Porta de Brandeburgo encontra-se a Siegessaüle, Coluna da Vitória, encimada pela deusa da mitologia romana que lhe dá nome, correspondente à Nike grega e que muitos por engano pensam tratar-se de um anjo.

A coluna, projeto de Heinrich Strack, foi construída para celebrar a vitória prussiana sobre os dinamarqueses em 1864. Contudo, só seria inaugurada em 1873, já depois da unificação alemã.

Para comemorar o conjunto de vitórias e a unificação adicionou-se então uma estátua da deusa Vitória no topo da coluna, projeto do escultor Friederich Drake. Goldelse, como os berlinenses carinhosamente se referem à estátua, é um dos ícones da cidade, visitada diariamente por multidões de turistas.

4. Tiergarten

tiergarten

Entre a Coluna da Vitória e a Porta de Brandeburgo estende-se a rua 17 de junho ladeada pelo impressionante e refrescante Tiergarten, um dos pontos que tem de visitar em Berlim.

Dizer que o Tiergarten é o pulmão da cidade é bem mais do que um cliché. Berlim, como a maioria das grandes cidades europeias tem diversos parques e jardins. Berlim não é exceção, com grandes jardins como o Jungfernheide a noroeste da cidade, ou o Tempelhofer Feld, um parque que nasceu no local do desativado aeroporto de Tempelhof.

Mas o coração dos berlinenses está com o Tiergarten, local ideal para piqueniques e passeios de bicicleta, para apanhar sol no verão e praticar desporto. Algumas das zonas do jardim estão reservadas a nudistas. Na parte sul do jardim encontra-se o maravilhoso jardim zoológico de Berlim, um dos maiores do Mundo.

5. Oberbaumbrücke

Rumando em direção ao rio Friedrichshain a cidade incorpora esse espírito de rebeldia de quem hesita entre renegar o futuro ou esquecer o passado. Talvez nenhuma zona de Berlim seja um compromisso tão declarado entre o antes e o pós Muro de Berlim.

A cultura avant-garde e decadente dos cafés de Simon-Dach-Strasse, da Knorrpromenade ou da Boxhagener por oposição à frieza das linhas clássicas da Haus an der Weberwiese. É nesta zona que o Spree é dividido pelas linhas “gótico-industriais” da Oberbaumbrücke – a mais icónica ponte da cidade – e o Molecule Man, a maior escultura de Berlim a apontar para o futuro. O rio é nesta parte da cidade viveiro de atividades, com praias estivais, hosteis instalados em barcos, galerias e cinemas ao ar livre, campos para a prática desportiva.

6. East Side Gallery

est side

Quem vai a Berlim tem de visitar o que resta do muro. Em Friedrichshain, bem perto da Oberbaumbrcke fica a East Side Gallery, uma forma pomposa da cidade transformar a maior secção contínua do Muro que ainda persiste de pé numa galeria de arte a céu aberto, a maior do Mundo. O velho Muro, ontem odiado e vilipendiado é hoje motivo de orgulho e preservado por todos, uma lição para as gerações futuras.

7. Unter der Linden

Quem está na Praça de Paris e de costas para a Porta de Brandeburgo tem à sua frente a charmosa Unter der Linden – sob as tílias-, a artéria mais nobre da capital alemã, uma boulevard à francesa repleta de locais de interesse, lojas de renome e cafés afamados.

Seria em 1647, era ainda Berlim uma pequena cidade alemã e capital do pequeno estado de Brandeburgo, que se plantaram as primeiras tílias a ladear a estrada que tomava a direção dos campos de caça de Tiergarten, abrindo-se assim um caminho que mais tarde se tornou em alameda, onde os nobres e os burgueses iam passear sob as tílias em tardes de sol, um hábito que os berlinenses mantêm séculos depois, nesta artéria que é o coração do Mitte, o centro da cidade.

8. Checkpoint Charlie

checkpoint

Tal como o rio Spree, o Muro serpenteava a cidade dividindo as duas cidades. A Berlim Ocidental, composta pelos três setores: inglês, francês e americano, e a Berlim Leste, antigo setor de ocupação soviético, que se tornou na capital da República Democrática Alemã, conhecida nestas bandas por DDR.

Um dos pontos nevrálgicos do Muro era o famoso Checkpoint Charlie, outro local de visita obrigatória, que até 1989 era a única passagem possível entre as duas partes da cidade, famoso por ter sido local de troca de espiões e de prisioneiros entre um e o outro lado do Muro.

Posar junto a modelos vestidos de soldados americanos ou soviéticos, ou pequenas parcelas de Muro está nas prioridades da lista da esmagadora maioria dos turistas que visita a cidade.

9. Gendarmenmarkt

A dois passos da Unter der Linden encontra-se a maravilhosa Gendarmenmarkt, a “Praça das duas Senhoras”, senhoras essas que são as catedrais alemã e francesa. Entre as duas igrejas, no meio desta maravilhosa peça de arquitetura setecentista, encontra-se a não menos maravilhosa Konzerthaus, casa de uma das principais orquestras de Berlim, e um dos palcos mais celebrados da música erudita alemã.

Em frente, no centro da praça, encontra-se a estátua do grande poeta alemão Friedrich Schiller que fuciona como um ponto de encontro, tanto para berlinenses como para turistas.

10. Memorial aos Judeus Mortos da Europa

museu

Denkmal für die ermordeten Juden Europas, em português, o Memorial aos Judeus Mortos da Europa, é um extraordinário monumento às vítimas judias do regime nazi. É um dos maiores memoriais do Holocausto fora de Israel. Inaugurado em 2005, o memorial é um projeto do arquiteto Peter Eisenman, e ocupa 19 mil metros quadrados, cobertos com 2711 blocos de betão, com dimensões bem distintas, o que dá a ideia, a quem olha de longe, que se está perante um mar de pedras.

Veja também: