De acordo com a Galp Energia, o projecto de conversão das duas refinarias em Matosinhos e em Sines, vai ajustar a capacidade produtiva das refinarias às reais necessidades do mercado.
Verifica-se uma maior procura de gasóleo e por esse motivo pretende-se aumentar a produção de gasóleo, diminuindo a produção de fuelóleo, até porque o seu consumo tem tendência a diminuir por ser menos amigo do ambiente.
Este projecto implica um investimento de 1,4 mil milhões de euros, o maior investimento industrial de sempre em Portugal, mas também trará benefícios para a economia portuguesa, em termo de balança comercial pois vamos passar de um país importador para um país exportador, tendo em conta que vai aumentar a capacidade de refinação, o que se reflecte em mais barris de petróleo por dia.
Este projecto vai também contribuir para que as duas refinarias se apoiem mais e se complementem, o que permite alterações do perfil de produção para uma resposta mais rápida a alterações da procura de produtos refinados.
Em termos económicos, outra vantagem deste investimento é que tal vai gerar a criação de 150 empregos directos e 450 empregos indirectos.
Recorde-se que a refinaria de Matosinhos está em actividade desde 1969 e a de Sines desde 1979, período em que havia uma maior procura de gasolina. Como a tendência é para deixar de procurar gasolina, mas sim gasóleo, impõe-se uma redefinição de estratégia e ajustar a produção à maior procura.
A petrolífera contratou um crédito de 300 milhões de euros com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para equipar as refinarias com novas unidades de conversão.
Segundo a empresa, quando estiver concluída a reconfiguração dos dois pólos de refinação, e Portugal passar a exportar mais e a importar menos, então a balança comercial portuguesa terá benefícios superiores a 400 milhões de euros por ano.