Marta Maia
Marta Maia
26 Out, 2018 - 11:54

9 pratos de restaurante que são um desperdício de dinheiro

Marta Maia

Gostar de comer fora não tem nada de mal, mas há pratos que, no restaurante, são um verdadeiro desperdício de dinheiro. Saiba quais são!

9 pratos de restaurante que são um desperdício de dinheiro

É geral, todos gostamos de comer fora de vez em quando. Ir a um restaurante não tem nada de mal e é ótimo para fugir da rotina: convivemos mais com quem nos acompanha à refeição, provamos pratos diferentes e, (talvez) a melhor parte, não temos de arrumar a cozinha no fim.

Comer fora, contudo, tem algumas armadilhas a evitar. Não podemos esquecer que os restaurantes são negócios e estão lá para ganhar dinheiro, por isso vão “meter a faca” onde puderem – e é nossa a responsabilidade de estarmos atentos e fugirmos destes truques.

Vamos, por isso, enumerar alguns pratos que, em restaurantes, são um verdadeiro desperdício de dinheiro – porque são muito baratos de confecionar e caros de comprar ou até porque não são exatamente aquilo que o nome nos diz que são. Acompanhe-nos e, a partir de agora, reveja bem as suas opções quando se sentar à mesa a olhar para o menu.

9 pratos que não vale a pena pedir num restaurante

1. Peito de frango grelhado

peito de frango

É a opção favorita dos amantes das dietas – e é também a opção favorita dos donos dos restaurantes. A carne de frango é das mais baratas que encontra no mercado e não custa nada cozinhá-la: basta um fio de azeite (muitos restaurantes substituem o azeite pelo óleo, que é mais barato) numa frigideira, alguns minutos de gás e já está.

A coberto do pretexto de ser um prato saudável, é ainda uma carne que leva muito pouco tempero e nenhum molho, o que sai ainda mais em conta para quem cozinha. E ainda há um bónus: o peito de frango pode ser cortado em vários bifes finos. Já viu alguém reclamar num restaurante porque o peito de frango era muito fino? Provavelmente, não. Porque quem o pede procura comer pouco e saudável, por isso não se atreve a reclamar porque o prato estava pouco cheio.

Conta final: gasta 8 ou 9 euros por um prato que, na totalidade (frango, arroz e salada), custa cerca de 3 euros a confecionar.

2. Cheeseburger

Aqui está uma das opções mais populares no reino dos hambúrgueres – e a favorita das hamburguerias. Vá a qualquer restaurante e compare o preço de um hamburguer simples com o preço de um cheeseburger: pode chegar a dois euros de aumento. E o que é que o cheeseburger tem a mais do que o hamburguer simples? O queijo.

Vamos ser honestos: mesmo que a fatia de queijo seja a melhor de todas, de um queijo específico com um sabor divinal, não deixa de ser… uma fatia de queijo. A dois euros. Não deu mais trabalho ao chef, não exigiu mais tempo de cozedura. Só exige mais esforço a quem paga. Acha que vale mesmo a pena?

3. Entradas

pratos de restaurante que são um desperdício de dinheiro

Sabem mesmo bem quando chegamos ao restaurante cheios de fome e ainda temos de esperar pelo prato, mas as entradas são uma verdadeira mina de ouro para os restaurantes.

Se pensar nas entradas mais comuns – pão, azeitonas, manteiga e tostas com paté – e for ao supermercado ver os preços dos ingredientes, vai perceber porque é que os restaurantes adoram servir entradas. Um cesto de pão custa, no mínimo, um euro, mas nunca leva mais de meia dúzia de pães. E a taça de azeitonas, que custa tanto como um frasco inteiro delas?

Além de pagar pelas entradas muito mais do que elas valem na realidade, esta opção ainda tem outro inconveniente: quanto mais entradas comer, menos barriga terá para o prato principal. Resultado: o restaurante cobra-lhe o triplo por um cesto de pão e corta a quantidade do prato principal (sem cortar ao preço, claro). Lucro a dobrar!

4. Qualquer prato com lagosta

Não falamos da lagosta inteira, mas de pratos com pedaços de lagosta ou sabor a lagosta. Sejamos honestos: nenhum restaurante vai gastar umas dezenas largas de euros numa boa lagosta para cortar em pedaços e misturar com massa ou arroz.

Quando abre o menu, todos os pratos com lagosta são muito mais caros que os outros, mas a verdade é que nem todos têm verdadeira lagosta. Há até casos em que, em vez de lagosta, os chefs usam produtos de sabor semelhante (e dificilmente vai notar a diferença depois de tudo estar misturado).

Se quer comer lagosta, peça a verdadeira lagosta, inteira. Já que vai pagar, ao menos sabe que está a comer por um preço mais justo.

5. Massas

massas

Nem precisa de muito esforço para entender esta: pense em quanto custa um pacote de massa no supermercado e olhe para o preço que está no menu. Tem alguma coisa a ver um com o outro? Claro que não.

O caso torna-se ainda mais evidente quando os ingredientes que acompanham a massa são simples. Experimente fazer em casa um esparguete com pedaços de fiambre, bacon e natas (carbonara) e veja lá se o custo do prato andou sequer perto dos dez euros, que é o preço normal cobrado pelos restaurantes…

A massa não requer esforço nenhum (é cozer em água e sal) e os ingredientes mais simples já lhe conferem alguma cor. Sendo uma opção ótima para os dias de preguiça lá em casa, está longe de ser uma boa escolha quando vai comer fora.

6. Ovos

Da omolete ao ovo estrelado, os pratos com ovos são outra opção muito rentável para os restaurantes. Pense que numa omolete para uma pessoa o chef não usa mais do que um ovo (a quantidade pode ser “aumentada” com leite, por exemplo) e os ingredientes adicionais também nunca são nada de luxuoso. Já o preço… é comparável a qualquer prato de carne ou peixe.

Cada ovo extra pode custar 20 cêntimos, mas quanto custa uma caixa de ovos no supermercado? Pois é. Agora pense que os restaurantes nem sequer pagam pelos produtos o mesmo que nós, porque não compram no supermercado.

7. Sobremesas

pratos de restaurante que são um desperdício de dinheiro

Se costuma fazer bolos em casa, já se apercebeu da discrepância nos preços. Desde quando uma taça pequena de mousse de chocolate vale 2,50€? Com uma tablete de chocolate, meia dúzia de ovos e algumas gramas de açúcar serve cerca de dez pessoas. Se cada uma pagar 2,50€, dá 25 euros por cada dose de mousse. Surpreendido?

O mesmo acontece com bolos e outros doces. O preço unitário nunca é proporcional ao preço total e é com isso que os restaurantes lucram. Se lhe apetece um doce, coma outra coisa noutro lado. Sobremesas em restaurantes só aumentam a conta final e nem sempre são de tão boa qualidade assim.

8. Pizza

Sabemos bem que é das opções mais populares para os dias de quebrar a dieta, mas também são das opções menos justas em termos de preço. Basta ver que, para a massa, o custo é baixo (água, farinha, fermento e sal), e os ingredientes também raramente custam mais do que poucos cêntimos cada um – o queijo, o molho de tomate, as azeitonas, o atum, o pepperoni…

Vender pizzas é um ótimo negócio, ao contrário de comprá-las. Na verdade, ganha mais se fizer a pizza em casa: além de lhe sair mais barato, pode usar ingredientes de muito melhor qualidade.

9. Refrigerantes e sumos

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Esta é fácil: nenhum restaurante lhe vende um refrigerante por menos de 1,20€, mas no supermercado encontra o mesmo refrigerante por algumas dezenas de cêntimos. Porquê a diferença? Porque o restaurante quer fazer lucro, claro.

A mesma regra se aplica às cada vez mais populares limonadas. Se pensar bem, está a pagar mais de um euro por um copo com água e umas gotas de limão. Parece-lhe mesmo um bom negócio?

Comer fora de casa, já se sabe, não é propriamente uma estratégia de poupança, mas também não tem de ser um desperdício de dinheiro. Sabemos bem que, quando vai comer fora, não paga apenas os ingredientes do prato – paga o talento do chef, a energia usada na confeção e a mão-de-obra e recursos usados na limpeza e manutenção do espaço -, mas, mesmo assim, há escolhas que podem ser mais inteligentes do que outras.

Faça escolhas acertadas e rentabilize o seu dinheiro ao máximo. Já que vai pagar, que valha muito a pena!

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