Segundo declarações de Vitor Gaspar, ministro das Finanças, o corte no subsidio de Natal não foi imposto pela troika, mas antes uma opção do Governo.
O Governo tomou a medida de cortar 50% do subsídio de Natal, no limite que excede o valor do salário mínimo nacional pois a troika exigiu medidas “efectivas e reais”, e esta medida foi tomada já que contribui para a sustentabilidade das finanças públicas.
No fundo, a troika apenas pediu ao Governo para introduzir medidas adicionais para cumprir o défice deste ano (5,9% do PIB), mas deixou ao Executivo a escolha das medidas a adoptar.
A par desta medida, o aumento do IVA é também considerada uma medida efectiva e real, que contribui para a sustentabilidade das finanças públicas.
Ainda nesta temática, verificou-se uma aplicação incorrecta do imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal deste ano que fez com que vários funcionários públicos, nomeadamente, juizes, tenham sofrido um corte no vencimento superior ao que estabelece a legislação.
O problema é que a retenção de IRS foi feita sobre o salário bruto, quando devia ser sobre o liquido, o que levou a uma excessiva cativação de rendimentos.
Poderá ter havido uma má interpretação da lei ou então um erro a nivel informático, mas que entretanto, já foi corrigido pelas Finanças.