É já há 4 meses que o crédito malparado não pára de subir, tendo atingido um novo máximo histórico. O mais recente recorde foi o disparo de 64 milhões de euros de Junho para Julho.
O que vale é que os depósitos também não páram de subir, o que é um bom indicador, é sinal que as famílias preocupam-se com os seus níveis de poupança. Um novo recorde foi alcançado, uma vez que o valor dos depósitos dos particulares junto dos bancos subiu em 2.402 milhões de euros de Junho para Julho, o que representa o 10º mês consecutivo a aumentar.
Falando em valores totais, em Julho, 4.381 milhões de euros foram considerados de cobrança duvidosa. Curiosamente, o crédito habitação não foi o que mais aumentou no malparado, mas antes os créditos pessoais. Além disso, o crédito ao consumo assistiu a uma quebra, se bem que ligeira de 8 milhões de euros. Mesmo assim, o crédito habitação é o que ocupa o lugar de maior peso a nível da falha no pagamento das prestações.
Pelo terceiro mês consecutivo, a Banca concede menos empréstimos, quer a particulares, quer a empresas, que também agora assistem à negação de financiamento por parte dos bancos.
Principalmente o crédito para a compra de casa apresentou uma forte redução, seguido do crédito ao consumo.
Infelizmente, o incumprimento será um dos principais factores a penalizar a nossa economia este ano, pois com o malparado, a banca é obrigada a fazer maiores provisões de forma a prevenir possiveis perdas, penalizando os lucros, no seu esforço para melhorar os rácios de capital.