Recorde-se que em 1983, na última intervenção do FMI em Portugal, o pagamento dos subsídios em certificados de aforro foi uma das medidas exigidas em troca de ajuda. Depois, acabou por ser uma medida aplicada só a uma percentagem do subsídio de Natal.
Os técnicos da “troika” consideram que as medidas do PEC IV foram sobreestimadas pelo Governo, pois consideram-nas mal avaliadas e pouco austeras.
Circulou a notícia, que desta vez as medidas pensadas para 1983 iriam ser agora aplicadas e aos dois subsídios, sendo que este ano só o subsídio de Natal seria abrangido porque quando todas as medidas de austeridade da “troika” estiverem em vigor já os funcionários públicos receberam os subsídios de férias, mas a partir do próximo ano já iria abranger ambos.
Os técnicos da “troika” agora em Portugal a avaliar as contas do País e a encontrar os buracos, estão a prever um pacote de medidas ainda mais exigente que o PEC IV para depois então negociar um pacote de financiamento.
Alguns economistas defendem que os bilhetes do Tesouro são mais adequados para pagar subsídios do que os títulos do Tesouro como é o caso dos certificados de aforro.
Isto porque as obrigações ou bilhetes de Tesouro podem ser vendidos mesmo que a um preço inferior. Já os certificados de aforro, não podem ser vendidos e só quando termina o prazo é que podem ser resgatados.
Segundo o Governo estas medidas não vão avançar, os subsídios não vão ser substituídos por títulos do Tesouro. Resta-nos aguardar para saber que medidas entrarão em vigor após a análise dos responsáveis da “troika”.