Share the post "Toyota Hilux: a lendária pick-up que entra na era elétrica"
Quando se fala de “indestrutível” no mundo das pick-ups, o nome Hilux surge quase sempre no topo da lista
Agora, a Toyota decidiu dar à Hilux um novo capítulo e sim, há eletrificação (e com promessas de futuro em hidrogénio).
O lançamento da 9.ª geração marca uma viragem importante e a Hilux deixa de ser apenas “motor de combustão” para se tornar também opção elétrica e híbrida, mantendo-o fiel aos princípios de fiabilidade e versatilidade que se lhe reconhecem.
Venha conhecer tudo o que muda neste modelo icónico.
Toyota Hilux: robustez com traços modernos
Logo à primeira vista percebe-se que há continuidade estética, afinal, é uma Hilux, mas também há evolução.
A frente adota faróis mais finos, uma barra central com o logotipo “Toyota” em letras grandes, e na versão BEV (battery-electric vehicle) a grelha tradicional desaparece em favor de um perfil mais aerodinâmico.
O interior recebeu actualização significativa, com um duplo ecrã de 12,3 polegadas (painel de instrumentos e ecrã multimédia), comandos para tracção integral agrupados no tablier e conectividade aumentada com carregamento sem fios e serviços ligados.
Plataformas, propulsões e capacidades
A parte técnica é, provavelmente, o que mais desperta interesse. A versão elétrica da Hilux usa uma bateria de 59,2 kWh (índice oficial) e oferece tracção integral permanente (motores nos eixos dianteiro e traseiro). A autonomia estimada ronda aproximadamente os 240 km WLTP.
A pick-up mantém a construção “body-on-frame” da Hilux tradicional e anuncia um nível de travessia em água (wading depth) equivalente ao dos modelos diesel anteriores, ou seja, continua fiel às saídas fora-estrada.
Para o mercado europeu, além da totalmente elétrica, estará disponível uma versão híbrida leve de 48 V com motor 2,8 litros diesel, bem como motores tradicionais diesel e gasolina para outros mercados.
Para que serve (e para quem) esta nova Hilux

Se trabalha em obra, faz transporte misto estrada/terreno ou gosta de aventura fora-de-estrada, a nova Hilux promete dar músculo e tecnologia.
A opção elétrica é particularmente interessante para quem opera em zonas urbanas ou periurbanas com limitações de emissões, manutenção mais simples e menor dependência de combustíveis fósseis, ainda que a autonomia seja mais modesta do que alguns concorrentes “brutos” de pick-up elétrica.
Em mercados europeus onde os veículos de trabalho exigem menos de 300 km de autonomia por dia, poderá funcionar muito bem.
Para os condutores de lazer ou empresários com frota, a presença de múltiplas opções (diesel, híbrida, BEV) é uma vantagem, uma vez que escolhe a motorização que faz sentido segundo uso, localidade e políticas de empresa.
O que falta saber e possíveis obstáculos
Claro que nem tudo está resolvido. A autonomia da versão elétrica, embora suficiente para muitos usos, está aquém das gigantes de carga total que alguns concorrentes prometem. O preço oficial para Portugal ainda não foi divulgado publicamente.
Além disso, o peso extra da bateria pode comprometer ligeiramente a capacidade de carga (payload) e reboque quando comparada com versões diesel mais “domésticas”.
A Toyota reconhece e explica que a filosofia “multipath” (múltiplas formas de propulsão) serve precisamente para adaptar a Hilux ao perfil de cada mercado.
A nova Hilux mostra que até os modelos “tradicionais” têm de evoluir, mesmo quando a sua reputação lhes permite descansar em glória.
A Toyota conseguiu manter a essência (“força, fiabilidade, versatilidade”) mas incorporou aquilo que o mercado exige: versões elétricas e híbridas, equipamento de tecnologia e design renovado.