Júlia Rocha
Júlia Rocha
06 Set, 2017 - 08:52

Carcinoma: o que é e principais características

Júlia Rocha

São vários os tipos de cancro que se podem desenvolver nas células do corpo humano. Neste artigo, exploramos o carcinoma e as suas características.

Carcinoma: o que é e principais características

Existem alguns tipos diferentes de cancro e de tumores. O carcinoma é o tipo de cancro que se desenvolve a partir da mutação maligna das células epiteliais, presentes no tecido epitelial, que cobre a nossa pele e grande parte dos órgãos.

É o tipo de cancro mais comum no ser humano visto que pode, virtualmente, desenvolver-se em qualquer parte ou, mais corretamente, em qualquer tecido do corpo humano.

As células epiteliais são o que formam o tecido com o mesmo nome, responsável pelo revestimento e proteção da pele e dos órgãos. Por exemplo, a camada superior da pele, a epiderme, é completamente constituída por estas células. São extremamente importantes para o bom funcionamento do organismo.

Estas, assim como todas as células do corpo humano, são passíveis de sofrer mutações, das quais o organismo não se consegue defender ou proteger, transformando-se assim em células cancerígenas. As células que sofreram a mutação têm a capacidade de se espalhar e criar novos tecidos.

Carcinoma: onde pode surgir?

Um carcinoma pode surgir num destes tecidos formados pelas células epiteliais. Nem todos têm uma origem fácil de determinar, porque quando a mutação é muito grande, as células originais são completamente impossíveis de reconhecer.

É importante fazer notar que estas mutações são sempre malignas e que um órgão pode sofrer mais do que um tipo de carcinoma, basicamente mais do que um tipo de cancro. Por exemplo os tipos mais comuns de cancro do pulmão são todos considerados carcinomas, porque todos têm origem nas células epiteliais que cobrem e protegem este órgão.

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É também possível desenvolver um adenocarcinoma, se o tumor se desenvolver em células epiteliais com função de glândula, tais como o estômago, o pâncreas ou a mama. O adenocarcinoma é realmente o tipo mais comum de cancro de mama.

Os órgãos que podem desenvolver carcinomas são a pele, próstata, pulmão, mama, intestino, fígado, pâncreas, rins e útero. No que diz respeito a sintomas, estes podem variar de órgão para órgão. No cancro de pele é importante estarmos atentos a sinais que mudam de aspeto; no cancro da mama, o autoexame é muito importante para encontrar papos ou inchaços fora do normal. Estes são os tipos mais comuns de carcinoma:

  • Carcinoma basocelular (cancro de pele, afeta células na epiderme, provocado por longos e intensos períodos de exposição a raios ultra violeta);
  • Carcinoma espinocelular (cancro de pele, pulmão ou digestivo);
  • Mesotelioma (cancro do pulmão).

Tratamento do carcinoma

Os métodos de tratamento para os carcinomas dependem do órgão em questão, localização e sobretudo do estado de desenvolvimento do tumor. Normalmente um, ou mais, destes três métodos são as opções a que se recorre:

Cirurgia

Se for possível, dependendo da localização dos tecidos contaminados, é ideal remover as partes contaminadas através de intervenção cirúrgica. Diagnosticar a doença precocemente é chave para este tipo de tratamento.

Radioterapia

Pode ser usada em conjunto com a cirurgia e a quimioterapia, de forma a controlar o desenvolvimento e propagação das células que sofreram mutações, tentando salvar os tecidos que ainda não foram afetados.

Quimioterapia

Um tratamento reconhecidamente agressivo, que tem como objetivo destruir as células cancerígenas através de uma medição forte, normalmente administrada de forma intravenosa. Também pode ser aliada a cirurgia e/ou radioterapia, conforme as necessidades do paciente.

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