Helena Peixoto
Helena Peixoto
16 Abr, 2024 - 14:27

Cancro da pele: tenha atenção aos sintomas

Helena Peixoto

O cancro da pele tem vindo a aumentar a sua incidência. A prevenção continua a ser o melhor caminho para evitar problemas de saúde graves.

Cuidados para evitar cancro de pele

Existem variadíssimos fatores de risco para o cancro da pele, alguns exógenos e outros endógenos, mas em 90% dos casos, a exposição excessiva ao sol é considerada a causa mais frequente. O cancro da pele é geralmente causado pela radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol, que penetra na pele em profundidades diferentes.

Quando passamos muito tempo ao sol, os raios começam a danificar o ADN da pele e os tecidos. Na melhor das hipóteses, isto causa envelhecimento prematuro da pele e o aparecimento de rugas. Na pior das hipóteses, estes danos levam a um enfraquecimento permanente dos tecidos e ao cancro da pele.

Ainda que a exposição limitada ao sol seja benéfica para a saúde, quando em excesso, os contras são bem maiores do que os prós. Os danos que o sol causa na pele são permanentes e enquanto que a queimadura solar pode desaparecer, as alterações causadas na pele permanecem. Normalmente o cancro da pele não é doloroso e, quando diagnosticado atempadamente, tem elevadas taxas de cura.

3 tipos de cancro da pele

Mulher na praia com queimadura solar

Carcinoma Basocelular

Esta é a forma mais comum de cancro da pele e também a menos perigosa. Manifesta-se geralmente através de protuberâncias salientes e coloridas, podendo adquirir o aspeto branco pérola brilhante, o de ferida que não cicatriza, ou ainda o de uma superficie rugosa que cresce lentamente. Quando não é tratado, pode ulcerar e invadir tecidos mais profundos.

Queratose Actínica

Este tipo de lesões estão num estádio “pré-canceroso” em 10% a 15% dos casos e podem evoluir para carcinomas espinocelulares, pelo que devem ser tratados imediatamente para prevenir o progresso.

São manchas de cor castanha-avermelhada e de superfície áspera e escamosa que ocorrem, geralmente, em indivíduos de meia idade e idosos, e em áreas do corpo mais expostas como o rosto, pescoço, orelhas, o dorso das mãos e couro cabeludo.

Este tipo de cancro é o segundo mais comum, tem um grande potencial para se espalhar rapidamente, especialmente, nos lábios, orelhas, dedos das mãos e pés ou em pacientes imunossuprimidos. É essencial a sua remoção cirúrgica.

Melanoma

É o tipo de tumor menos frequente e também o mais perigoso. Ao contrário dos outros carcinomas, que afetam sobretudo as faixas etárias mais velhas, este tipo de cancro da pele pode afetar pessoas de qualquer idade.

Varia muito de aspeto, podendo apresentar-se como uma lesão pigmentada que vai escurecendo, ao longo do tempo, com contornos irregulares ou cores variadas ou como um nódulo rosa ou vermelho. Pode espalhar-se internamente e o seu tratamento tem de ser imediato.

9 principais sintomas do cancro da pele

Jovem mulher a espalhar creme protetor

Qualquer alteração na sua pele pode ser um indicador de que algo está mal. É verdade que por vezes alguns sinais, pintas ou manchas que apareçam de novo não passam disso, de serem novos sinais, pintas ou manchas.

Mas também é verdade que pode ser indicador de que está a desenvolver algum tipo de cancro de pele, pelo que deve visitar o seu médico.Existe a chamada regra do “ABCD”, que ajuda ao diagnóstico do cancro de pele no seu estádio inicial:

  • ​A – Assimetria: se, ao dividir o sinal a meio, os lados forem bastante irregulares, deve consultar o seu médico
  • B – Bordas irregulares: quando a borda se encontra irregular, serrilhada e/ou não uniforme, é caso para analisar a situação
  • C – Cor: quando há diversas cores misturadas numa mesma pinta ou sinal, verifique com o seu dermatologista
  • D – Diâmetro: qualquer aumento de diâmetro de um sinal ou mancha é um motivo de alarme

Além disso, deve estar atento ao aparecimento de:

  • Nódulos pequenos, lisos, brilhantes, opacos ou serosos
  • Nódulos vermelhos e duros
  • Feridas ou nódulos que sangram ou desenvolvem crosta ou cicatriz, mas não cicatrizam
  • Sinais vermelhos e achatados rugosos, secos ou espessos, que se podem tornar macios e provocar comichão
  • Sinais vermelhos ou castanhos rugosos e espessos
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Tratamento do cancro da pele

Por vezes, a própria biópsia de remoção do tumor é o tratamento necessário. Caso seja necessário mais algum tratamento, o seu médico falará consigo sobre as opções existentes.

Tudo isto vai depender do tipo cancro de pele, do seu estádio de evolução, do seu tamanho e da sua localização. O seu estado geral de saúde e antecedentes clínicos são outros dos fatores ponderados na prescrição de tratamento.

É fundamental que, anualmente, assim como vai ao dentista e ao médico de família, consulte um dermatologista para confirmar que está tudo bem com a sua pele, especialmente se passa longos horas ao sol com pouca ou nenhuma proteção.

A prevenção a montante é absolutamente crucial para que possa usufruir de todas as vantagens da exposição solar, sem colocar a saúde em risco.

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