Share the post "Almada Negreiros é celebrado em exposição com trabalhos inéditos"
A exposição “José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno” é inaugurada hoje, às 18:30, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com cerca de 400 trabalhos do artista, muitos deles inéditos.
A retrospetiva acontece cerca de um quarto de século depois da última grande mostra dedicada ao artista do modernismo português, demonstrando a “inesgotável energia criativa de um autor que se expressou numa imensidade de linguagens artísticas, ao longo da vida”, recorda a Gulbenkian, no comunicado de apresentação da mostra.
Almada Negreiros (1893-1970) deixou uma vasta obra de pintura, desenho, teatro, dança, romance, contos, conferências, ensaios, livros manuscritos ilustrados, poesia, narrativa gráfica, pintura mural e artes gráficas, cuja produção se estendeu ao longo de mais de meio século.
“Esta mostra propõe um olhar inovador sobre um dos mais criativos e fecundos artistas nacionais, reavaliando o seu lugar na história dos modernismos”, segundo no comunicado.
“A modernidade total”
Organizada em oito núcleos temáticos, a exposição desenvolve “vários fios condutores, de modo a revelar os vários rostos deste artista da ‘modernidade total’, que marcou profundamente a arte portuguesa do século XX”, escreve a Gulbenkian.
A exposição põe em relevo as pesquisas matemáticas e geométricas de Almada em pintura, as obras em espaço público, na cidade de Lisboa, o caráter de narrativa gráfica que se encontra em vários dos seus trabalhos, o diálogo com o cinema e a importância do autorretrato na sua obra, entre muitos outros aspetos do seu trabalho.
Na galeria principal da fundação, a pintura e o desenho do autor do romance “Nome de guerra” vão cruzar-se com trabalhos feitos em colaboração com arquitetos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores.
Na sala do piso inferior do edifício principal da Gulbenkian, acrescenta a fundação, será destacada a presença do cinema e da narrativa gráfica, a que se juntam obras e estudos inéditos daquele que assinou “O manifesto antiDantas e por extenso”.
A exposição tem curadoria da historiadora de arte e investigadora Mariana Pinto dos Santos, com Ana Vasconcelos, conservadora do Museu Calouste Gulbenkian, e é acompanhada de um programa educativo e cultural que se alarga a outras instituições, como a Cinemateca Portuguesa, e se estende até 05 de junho.
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