A arritmia é uma alteração no ritmo cardíaco, provocada pelos impulsos elétricos do coração que não são emitidos de forma adequada. O resultado será o coração bater muito depressa (taquicardia), muito devagar (bradicardia) ou de maneira irregular.
De um modo geral, a arritmia afeta indivíduos com mais de 60 anos de idade, com doença cardíaca ou outros problemas de saúde. O tipo de arritmia mais frequente é a fibrilhação auricular que atinge cerca de 1% das pessoas com menos de 55 anos e é responsável por 15% dos AVC isquémicos. Fique a saber mais sobre este assunto.
Arritmia: tudo o que precisa saber sobre esta condição

Como já avançámos, a arritmia é uma alteração no ritmo cardíacos. Importa sublinhar que as variações na frequência cardíaca são normais e podem ser provocados por exercício, inatividade, dor, ansiedade, etc. Assim, em muitos casos, as arritmias são inofensivas.
A arritmia só é digna de maior atenção quando os tais impulsos elétricos seguem vias anómalas, causam desconforto ou colocam a vida em risco. Isto, porque a arritmia pode fazer com que o coração não seja capaz de bombear sangue suficiente para todo o corpo, causando deste modo danos no cérebro, coração ou noutros órgãos.
Tipos de arritmias
- Arritmias lenta;
- Arritmias “rápidas”/taquicardia sinusal: caraterizam-se por batimentos acima de 100 por minuto. Elas podem ser supraventriculares (origem nas aurículas) e ventriculares (origem nos ventrículos);
- Arritmia sinusal respiratória: inofensivas e comuns nas crianças e jovens;
- Extrassístoles: batimentos precoces que ocorrem mais cedo no ciclo cardíaco. São muito frequentes e, normalmente, benignas;
- Fibrilhação auricular: muito frequente nos idosos, caracteriza-se por um batimento rápido e caótico das aurículas;
- Taquicardia ventricular mantida e fibrilhação ventricular: menos comuns e caraterizadas por batimentos rápidos a nível dos ventrículos, provocando a fibrilhação ventricular.
Causas
Cada tipo de arritmia tem uma causa própria.
As arritmias ditas ligeiras (e inofensivas) podem ser motivadas pelo:
- álcool;
- tabaco;
- stress;
- exercício;
- hiperatividade;
- doenças da tiróide;
- alguns fármacos;
- cocaína;
- anfetaminas;
- alguns medicamentos de venda livre;
- cafeína.
Noutros cenários, mais graves e recorrentes, a arritmia pode ser provocada por:
- doença cardíaca;
- doença das artérias coronárias;
- enfarte do miocárdio;
- hipertensão arterial;
- mau funcionamento das válvulas;
- insuficiência cardíaca;
- doenças cardíacas congénitas.
- também causam arritmias.
Outras razões para a ocorrência da arritmia pode ser a diabetes, a obesidade e a apneia do sono. Há, ainda, situações em que a causa não é detetável.
Sintomas
Há situações em que a arritmia provoca problemas, embora não manifeste quaiquer sintomas. Há outros casos, em que a arritmia dá vários sinais, embora não cause quais consequências.
Alguns dos sintomas possíveis são:
- enjoos;
- vertigem;
- desmaio;
- palpitações;
- dor no peito;
- dificuldade em respirar.

Diagnóstico e tratamento
Além dos sintomas, há exames adicionais que podem auxiliar no diagnóstico da arritmia, tais como:
- eletrocardiograma;
- um monitor portátil (Holter);
- ecocardiograma;
- estudos eletrofisiológicos invasivos;
- angiografia coronária.
O método de tratamento irá depender do tipo de arritmia e causa associada e deverá ser definido pelo clínico que o estiver a acompanhar. Algumas das opções possíveis são os fármacos antiarrítmicos; os pacemakers artificiais; a cardioversão, a eletroversão ou a desfibrilhação.
Existem, ainda, tipos de arritmias que carecem de intervenções cirúrgicas e procedimentos invasivos, como a angioplastia ou o bypass.
Como prevenir?
Como a arritmia está diretamente associada à saúde cardiovascular é importante manter esse órgão saudável fazendo uma dieta equilibrada, praticando regularmente exercício físico, controlando a pressão arterial e o colesterol, deixando de fumar e reduzindo o consumo de álcool e de café. Além disso, é fundamental diminuir os níveis de ansiedade e stress.