Marta Maia
Marta Maia
13 Set, 2018 - 12:22

Planos de Poupança-Reforma: ter ou não ter?

Marta Maia

Os Planos de Poupança-Reforma têm vantagens e desvantagens e nem sempre são a escolha certa para já. Saiba porquê.

Planos de Poupança-Reforma: ter ou não ter?

Preparar a fase da vida em que estará velho de mais para trabalhar parece sempre uma ideia inteligente, mas como fazê-lo? Será que os produtos oferecidos pelos bancos, chamados Planos de Poupança-Reforma (PPR), são opções a considerar?

Investir em Planos de Poupança-Reforma é uma poupança, pelo que, em princípio, só pode ser uma coisa boa. No entanto, há condições associadas a estes produtos que deve conhecer.

O que são Planos de Poupança-Reforma?

Planos de Poupanca Reforma

Os Planos de Poupança-Reforma são contas-poupança que os bancos disponibilizam aos clientes que querem começar a preparar a velhice. Permitem depositar dinheiro e reforçá-lo regularmente a troco de taxas de juro interessantes que evitam a desvalorização e “guardam” o pé-de-meia para depois.

Vantagens dos Planos de Poupança-Reforma

A grande vantagem dos Planos de Poupança-Reforma é que são contas-poupança e, como sabe, poupar é essencial. A outra vantagem é que esta poupança tem taxas de juro amigáveis, e isso evita que o seu dinheiro desvalorize – não se esqueça que mil euros não valem hoje o que vão valer daqui a trinta anos.

Outra vantagem dos Planos de Poupança-Reforma é que dão acesso a alguns benefícios fiscais, nomeadamente taxas de tributação mais baixas do que as de outros produtos financeiros mais comuns. Estes benefícios são maiores quanto mais tarde mexer no dinheiro que está no PPR.

Desvantagens dos Planos de Poupança-Reforma

A principal desvantagem dos Planos de Poupança-Reforma é o risco do investimento. Vamos explicar do início: quando vai ao banco aderir a um PPR são-lhe apresentadas duas alternativas – uma de capital e taxa fixos, em que não perde o dinheiro investido mas também recebe juros baixos; e uma de capital e taxa flexíveis, em que corre o risco de perder parte do capital investido mas, se correr bem, também ganha mais.

Ora, já se sabe que quando o tema é investimento a regra não é mais do que “quanto maior o risco do investimento, maior a possibilidade de ganho”. Para nós, isto traduz-se em “se quiser que os Planos de Poupança-Reforma valham a pena, tem de arriscar perder dinheiro”.

Outra desvantagem dos Planos de Poupança-Reforma – que em alguns bancos já não existe – é a cobrança de comissões de subscrição, ou seja, os bancos cobram-lhe por ser cliente.

E se eu precisar do dinheiro?

Os Planos de Poupança-Reforma são poupanças para o futuro, por isso, têm regras específicas de movimentação e não lhe permitem recuperar o dinheiro a qualquer momento.

À exceção do momento da reforma, pode mexer no dinheiro que tem aplicado a um PPR quando:

  • Tiver 60 anos;
  • For declarado permanentemente inválido para o trabalho;
  • Precisar de pagar prestações em atraso do crédito à habitação;
  • Estiver desempregado de longa duração;
  • Padecer de uma doença grave.

Apesar das desvantagens, continuamos a achar que os Planos de Poupança-Reforma valem, sim, a pena subscrever, sobretudo com taxas flexíveis – é que, apesar do risco, o juro ainda está muito baixo e por isso interessa-lhe ser capaz de se adaptar quando ele voltar a subir.

Há vários bancos no mercado a oferecer soluções de Planos de Poupança-Reforma, por isso, vale muito a pena bater a todas as portas e fazer uma escolha ponderada. Lembre-se que está a “empatar” o dinheiro para as próximas décadas, por isso é do seu interesse escolher uma opção que o beneficie.

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