Pedro Andrade
Pedro Andrade
10 Mar, 2019 - 11:00

Como poupar quando se trabalha a recibos verdes

Pedro Andrade

Desengane-se se acredita que os trabalhadores independentes não conseguem poupar. Partilhamos dicas de poupança essenciais para quem trabalha a recibos verdes.

Como poupar quando se trabalha a recibos verdes

O regime contributivo dos trabalhadores independentes mudou no início de 2019. As declarações de rendimento são, agora, feitas a cada três meses, a taxa contributiva desceu, registaram-se alterações na base de incidência e o prazo de pagamento é mais curto.

Os direitos e deveres são mais do que muitos, mas os desafios continuam a ser os mesmos: gerir corretamente o orçamento familiar. Se procura conselhos de poupança para quem trabalha a recibos verdes, este artigo é para si.

Independentemente do valor que recebe ao final do mês, a situação laboral do trabalhador independente implica uma gestão minuciosa do rendimento mensal. As dúvidas são muitas: como é possível gerir o orçamento familiar sem saber ao certo quanto irá ganhar ao final do mês? É possível cumprir com o pagamento dos impostos e, mesmo assim, poupar um determinado valor de forma constante? Vale a pena mudar o regime fiscal?

Não existe uma resposta exata para estas questões, mas é certo que os trabalhadores independentes podem fazer uma correta gestão dos rendimentos e viver sem grandes aflições financeiras.

5 conselhos de poupança para quem trabalha a recibos verdes

1. Construa o seu orçamento mensal e controle os gastos

dicas de poupança para quem trabalha a recibos verdes

Se não sabe por onde começar, siga as nossas dicas e torne-se num mestre da poupança. Saber controlar os gastos de forma minuciosa, é essencial para conseguir cortar nas despesas desnecessárias sem colocar em risco a sua saúde financeira e o bem-estar familiar.

A lógica é mais simples do que imagina: calcule e faça a distinção dos gastos mensais fixos e variáveis. Dentro destas listas pode criar subcategorias que o vão ajudar a criar um mapa mental que, por sua vez, o vai ajudar a percorrer de forma simples e rápida todos os gastos mensais.

A partir desse momento conseguirá comparar as despesas com as receitas e saber onde pode cortar. Esta gestão familiar é essencial para o seu sucesso a longo prazo. Organize-se e faça uma gestão correta das suas finanças.

2. Controle as suas obrigações: pague os impostos

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Esta é uma das mais importantes dicas de poupança para quem trabalha a recibos verdes. Nem sempre é fácil cumprir com os prazos e os valores dos encargos fiscais. Assim sendo, o melhor mesmo é criar um mecanismo de poupança mensal, deixando de lado o dinheiro necessário para cumprir com as suas obrigações.

As multas e atrasos nos respetivos pagamentos podem ser elevadas e, por isso, controle muito bem os prazos. Se não o fizer irá colocar em risco o orçamento familiar.

3. Aposte numa conta poupança

dicas de poupança para quem trabalha a recibos verdes

Em alguns casos poderá parecer uma tarefa complicada. Independentemente do valor que recebe todos os meses, é possível poupar. A nossa sugestão é que siga a regra dos 50-30-20: 50% do salário para as despesas básicas, 30% do rendimento para gastos variáveis e 20% para uma poupança mensal fixa.

Os imprevistos não acontecem só aos outros e, no caso dos trabalhadores independentes, a conta poupança pode ajudá-los a cumprir com as obrigações fiscais em meses em que os rendimentos são muito baixos.

4. Pense a sério num fundo de emergência

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É a mais uma dica de poupança para quem trabalha a recibos verdes. O fundo de emergência é fundamental para todos aqueles que querem poupar ao final do mês, mas sobretudo para os trabalhadores independentes que têm rendimentos variáveis ao longo do ano.

O fundo de emergência é uma quantia de dinheiro que é colocada de parte e aplicada, com vista a salvaguardar em caso de um qualquer imprevisto financeiro, como podem ser as situações de doença, as despesas inesperadas ou o tão temido desemprego.

Os especialistas em finanças definem o valor do fundo de emergência tendo por base o valor do salário ou das despesas mensais, classificando este fundo num intervalo de três a 12 meses.

Assim sendo, o fundo de emergência deverá corresponder a, pelo menos, três salários ou ao total de três meses de despesas fixas (água, luz, gás, renda, etc.). A solução mais comum passa pela criação de um fundo de emergência que corresponda a seis salários ou a seis meses de despesas fixas.

Este é, então, o intervalo de referência para garantir a resolução de situações imprevistas. Para não cair em tentação, o fundo de emergência deverá ser guardado numa conta de investimento de baixo risco ou que seja de acesso facilitado e sem penalizações de remuneração (para mexer nessa quantia sem o risco de perder benefícios).

5. Poupar? Todos os dias

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A gestão do orçamento familiar exige dedicação constante. Na prática, deverá adotar um novo estilo de vida para conseguir cumprir com estes objetivos.

Assim sendo, terá de estar atento aos seus gastos e cortar sempre naquilo que pode “ficar de fora”. É mesmo possível poupar sem estar constantemente a “apertar o cinto”. Quer mais dicas de poupança? Está no sítio certo.

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