Aumento estruturado das pensões: Livre quer mudanças reais

O aumento estruturado das pensões voltou ao centro do debate político, num momento em que o custo de vida atinge duramente milhares de aposentados. Isabel Mendes Lopes, deputada do Livre, sublinha que os apoios esporádicos são insuficientes e reclama uma resposta sistémica, previsível e justa para os pensionistas. Entre as promessas eleitorais e a necessidade de estabilidade todos os meses, cresce a pressão por políticas públicas eficazes e duradouras.

Apoios sociais para idosos precisam de mais previsibilidade

Críticas ao suplemento extraordinário das pensões

Recentemente, o Governo anunciou um novo suplemento extraordinário das pensões, mas as críticas não tardaram. A deputada do Livre acusou o primeiro-ministro de usar estas medidas para obter ganhos em tempos eleitorais, mas sem resolver os problemas reais dos pensionistas.

Para Isabel Mendes Lopes, este tipo de complemento não garante estabilidade, nem permite aos idosos planear minimamente a sua vida financeira. A aposta, defende, deve estar no aumento estruturado das pensões e não em medidas excepcionais dependentes da folga orçamental ou da conjuntura política.

Complemento Solidário para Idosos e equidade no orçamento

O Complemento Solidário para Idosos (CSI), ainda que relevante, continua a deixar muitos reformados abaixo do limiar de dignidade. Com o Orçamento do Estado para 2026 em preparação, o Livre quer garantir que a folga orçamental seja canalizada para apoio social permanente, e não para “operações cosméticas“.

Para isso, propõe que todas as decisões relativas ao CSI e a outros apoios sejam debatidas no Parlamento, com base na equidade e no envolvimento de todos os partidos. Segundo o partido, apenas assim será possível garantir a justiça na distribuição dos recursos e proteger quem já contribuiu com uma vida inteira de trabalho.

Políticas públicas para aposentados precisam evoluir

Aumento do custo de vida exige soluções duradouras

A inflação continua a pressionar famílias, e os efeitos no orçamento dos pensionistas são particularmente graves. As despesas com alimentação, saúde e habitação aumentam a um ritmo superior ao das reformas, deixando muitos idosos em situação de precariedade.

Neste contexto, os apoios pontuais revelam-se ineficazes. O Livre insiste que o aumento estruturado das pensões deve ser uma prioridade nacional, com especial atenção às pensões mínimas em Portugal. A proposta é reforçar apoios sociais para idosos, com medidas que respondam de forma continuada ao aumento do custo de vida para pensionistas, de modo a garantir um envelhecimento com dignidade.

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