Miguel Pinto
Miguel Pinto
27 Ago, 2025 - 14:00

Certificados de Aforro voltam a “dar” juros acima de 2 por cento

Miguel Pinto

Os juros dos Certficados de Aforro, uma das mais populares ferramentas de poupança em Portugal, vão subir em setembro.

certificados de aforro

Os Certificados de Aforro, uma das formas de poupança mais tradicionais em Portugal, vão voltar a apresentar uma taxa de juro superior a 2% a partir de setembro de 2025.

Este aumento vem no seguimento da atualização trimestral das taxas, que procura alinhar o rendimento destes produtos com a evolução da Euribor e da inflação, garantindo assim uma rentabilidade atrativa para os investidores individuais.

De acordo com o Ministério das Finanças, a taxa dos Certificados de Aforro crescerá para valores superiores a 2% ao ano, depois de nos últimos meses se ter mantido abaixo deste patamar.

Esta alteração representa um incentivo adicional para quem procura alternativas de poupança seguras, especialmente num contexto económico marcado por volatilidade nos mercados financeiros e por incertezas relativamente às taxas de juro praticadas pelos bancos comerciais.

Certificados de Aforro: solução de poupança

Os Certificados de Aforro são títulos de dívida pública destinados a particulares, emitidos pelo Estado português. A grande vantagem destes produtos é a sua segurança, uma vez que o capital investido é garantido pelo Estado.

Além disso, têm a particularidade de poderem ser subscritos com valores relativamente baixos, permitindo que uma ampla gama de investidores, incluindo aqueles que estão a iniciar o seu percurso de poupança, possa participar.

A atualização das taxas é feita trimestralmente e reflete não apenas a evolução das taxas de referência do mercado, mas também a política monetária definida pelo Banco Central Europeu.

Menos inflação

O aumento da taxa para mais de 2% surge num momento em que a inflação em Portugal tem mostrado sinais de abrandamento, mas ainda continua a influenciar o poder de compra dos portugueses.

Para os pequenos investidores, isto significa que a rentabilidade real dos Certificados de Aforro se torna mais interessante, ajudando a preservar o valor do capital investido contra a erosão causada pelos preços mais elevados.

Além da rentabilidade, os Certificados de Aforro oferecem liquidez relativa. Embora existam prazos mínimos para resgate (geralmente de 12 meses), os investidores podem levantar os seus fundos a qualquer momento, embora com penalizações se o fizerem antes de completar um ano de subscrição.

Este equilíbrio entre segurança, rentabilidade e flexibilidade torna os Certificados de Aforro uma opção competitiva face a depósitos a prazo ou outros instrumentos de poupança de baixo risco.

O regresso das taxas acima de 2% poderá também estimular a poupança doméstica, incentivando os portugueses a alocar parte das suas reservas financeiras em instrumentos garantidos pelo Estado.

Para quem já é detentor destes certificados, este aumento traduz-se num rendimento maior ao longo do tempo, reforçando a atratividade deste produto como ferramenta de planeamento financeiro pessoal.

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