Segundo o Banco de Portugal (BdP), a procura de crédito habitação diminuiu pois os consumidores não estão confiantes no futuro, além da deterioração das perspectivas para o mercado de habitação.
Tendo em conta as respostas das 5 instituições bancárias questionadas, outra razão apontada para a quebra na procura deste tipo de crédito será a “utilização de poupanças e despesas de consumo não relacionadas com a habitação”, mesmo que de uma forma pouco significativa.
As exigências dos bancos para a aprovação de empréstimos para compra de casa também aumentaram. Tal traduz-se num aumento dos “spreads”, além de outros critérios incluidos no contrato, como o rácio entre o valor do empréstimo e o da garantia.
Os bancos justificam-se com os seguintes argumentos: “o custo elevado de financiamento e as restrições de balanço dos bancos, por um lado, e uma deterioração da percepção de riscos quer quanto à actividade económica em geral quer sobre a evolução do mercado de habitação“.
Ainda de acordo com o BdP, no terceiro trimestre do ano diminuiu a procura das famílias por empréstimos para comprar casa.
Em relação a outros créditos, como o crédito para consumo, os bancos também se revelam exigentes pois duvidam da “capacidade dos consumidores de assegurarem o serviço da dívida”.
As famílias estão pouco confiantes e inseguras em relação ao futuro e os bancos também já não facilitam o acesso ao crédito como há uns tempos atrás, sendo cada vez mais exigentes.