Ana Graça
Ana Graça
25 Set, 2018 - 15:14

A sua dádiva importa: tudo o que precisa saber para dar sangue!

Ana Graça

Dar sangue pode salvar muitas vidas. É rápido, indolor e não acarreta qualquer risco para a saúde. Saiba mais sobre a importância da dádiva de sangue.

A sua dádiva importa: tudo o que precisa saber para dar sangue!

Todos os dias, nos diversos hospitais espalhados pelo país, são necessárias milhares de unidades de sangue. Dar sangue é urgente e é mais simples do que aquilo que pode parecer!

Dar sangue é importante!

O sangue transporta diversas substâncias importantes para o bom funcionamento do nosso corpo. Não sendo possível produzir sangue artificialmente, os hospitais estão dependentes da disponibilidade dos dadores. Assim, os dadores de sangue podem, de facto, salvar a vida daqueles que sofrem acidentes, que necessitam de ser operados ou que estão a realizar determinados tratamentos de saúde.

dádiva de sangue é voluntária e não é remunerada, no entanto, não faltam boas razões para o fazer. Acima de tudo, é um ato de altruísmo, responsabilidade social, consciência e dever cívico.

5 razões pelas quais deve dar sangue!

Não há risco de contrair doenças através da dádiva de sangue

1) Não tem quaisquer repercussões para a sua saúde. Não há risco de contrair doenças através da dádiva de sangue, uma vez que o material utilizado é estéril e descartável;

2) Implica apenas que sejam recolhidos 450 ml de sangue, ou seja, menos de 10% dos 5 a 6 litros que circulam no corpo de uma pessoa adulta;

3) Bastam cerca de 30 minutos! O procedimento de recolha de sangue leva cerca de 30 minutos e os intervalos mínimos recomendados entre doações são de 60 dias para os homens e 90 dias para as mulheres. Não custa nada despender de 30 minutos algumas vezes por ano para uma causa tão nobre;

4) É simples e acessível. Doar sangue não implica processos de agendamento complexos ou grandes deslocações. Basta consultar o Instituto Português do Sangue para ficar a saber todas as colheitas que estão a ser planeadas a nível nacional;

5) Pode dizer adeus às taxas moderadoras! É verdade, dadores de sangue que tenham duas dádivas feitas no último ano ou com mais de 30 registadas ao longo da vida, estão isentos de taxas moderadoras quando recorrem aos serviços de urgência ou sempre que realizem exames nos serviços de saúde públicos ou privados que tenham acordo com o Serviço Nacional de Saúde.

Qualquer pessoa pode dar sangue?

É realizada uma triagem clínica a quem pretende dar sangue

É realizada uma triagem clínica a quem pretende doar sangue. Esta avaliação, habitualmente feita sob a forma de preenchimento de um questionário confidencial e posterior conversa com um médico, é de extrema importância, na medida em que permite proteger a saúde do dador (de forma a ter a certeza que não será lesado pelo facto de doar sangue) e do recetor (de forma a identificar e suspender os dadores que possam transmitir doenças infeciosas ou outras).

De forma geral, podem doar sangue todas as pessoas que:

a) Apresentem um bom estado de saúde;

b) Tenham hábitos de vida saudáveis;

c) Tenham peso igual ou superior a 50 kg;

d) Com idade compreendida entre os 18 e 65 anos (para uma primeira dádiva o limite de idade é aos 60 anos);

e) Os homens podem dar sangue de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4 meses.

Na triagem clínica realizada previamente a todas as dádivas podem ser apontados outros motivos pelos quais esteja impossibilitado de doar sangue. Nesta triagem podem ser avaliados diversos parâmetros, nomeadamente:

a) Tensão arterial;

b) Frequência cardíaca;

c) Valor de hemoglobina;

d) Presença de condições que possam impedir de doar sangue: consumo de estupefacientes; história de doença maligna; fazer tratamento com insulina para a diabetes; doença hepática de origem infeciosa; história de tromboses ou hemorragias cerebrais; doença cardiovascular; ter sido submetido a transplante de células ou tecido de origem humana;

e) Presença de situações que impedem temporariamente a dádiva de sangue: realização de cirurgia ou endoscopia há menos de 6 meses; toma de determinadas medicações; ter sentido gripe ou febre há menos de 2 semanas; ter trocado de parceiro sexual recentemente.

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