Fernanda Silva
Fernanda Silva
03 Jun, 2016 - 10:00

Saiba tudo sobre as drogas inteligentes que andam pelas empresas

Fernanda Silva

Há estudantes e empresários que as usam para ficar mais concentrados. Saiba o que são as drogas inteligentes.

Saiba tudo sobre as drogas inteligentes que andam pelas empresas

Numa altura em que a competitividade e a pressão no ambiente de trabalho aumentam, há quem recorra a fármacos, não para relaxar e fugir à realidade, mas para melhorar a criatividade e produtividade, ou seja, para ter melhores resultados em termos profissionais. O mesmo acontece no meio estudantil.

Estas drogas inteligentes, na maioria das vezes, foram originalmente concebidas para tratar perturbações ligadas à doença de Alzheimer, esquizofrenia, fadiga crónica ou ao transtorno por défice de atenção e hiperatividade, por exemplo.

Nomes como metilfenidato, modafinil ou adderall dizem-lhe alguma coisa? Estas são algumas das drogas inteligentes mais conhecidas que as pessoas usam para estimular a capacidade cerebral. A maioria pode ser adqurida na farmácia, mas exige receita médica. Muitos destes medicamentos são também vendidos na internet.

O problema é que todos os fármacos têm efeitos secundários. E os destas drogas inteligentes em pessoas sem qualquer doença ainda não estão devidamente estudados.

O que são as drogas inteligentes?

Quem é que já não recorreu à cafeína para estudar toda a noite para um exame ou terminar aquele relatório super importante que tinha que apresentar no dia a seguir?

Só que agora, as pessoas procuram algo mais do que manter-se acordadas. Procuram algo que lhes melhore a eficiência do cérebro, que lhes permita ficarem concentrados e que os torne mais criativos e produtivos. E muitos têm encontrado essa capacidade nas chamadas drogas inteligentes. Em Sillicon Valley, nos Estados Unidos da América, onde estão sedeadas a maioria das grandes tecnológicas do mundo, estes produtos, também chamados nootrópicos, virem o seu consumo popularizar-se.

E ao que tudo indica até agora, estas substâncias são realmente capazes de ajudar a melhorar o desempenho mental e ainda não se conhecem efeitos colaterais negativos.

Um estudo da Harvard Medical School and Oxford mostrou que o uso de Modafinil trouxe benefícios aos utilizadores, melhorando a sua capacidade de planear e de tomar decisões, tendo ainda um efeito positivo na aprendizagem e na criatividade. Um outro estudo, desta vez de uma instituição londrina, o Imperial College London, concluiu que cirurgiões que tinham privação de sono conseguiram planear melhor, focar-se e ser menos impulsivos na tomada de decisão. Há por isso quem já veja vantagens nesta droga inteligente.


As drogas inteligentes são seguras?

Em ambientes de trabalho cada vez mais competitivos, não é de estranhar que recorrer a estas substâncias possa dar vantagens a alguns trabalhadores.

A questão é que ainda há poucos estudos sobre estas drogas inteligentes. Sendo fármacos, o mais certo é que tragam efeitos secundários, mas os benefícios, a curto e a longo prazo, e qualquer risco que isso implique dependerão muito do consumidor e do medicamento. E depois há também a questão da dependência, a entrar nesta discussão.

Ainda é cedo para responder à questão “são seguras”. Ainda assim, muitos concordariam em autorizar o consumo destas substâncias para melhorar performances de alguns profissionais, como cirurgiões e enfermeiros (com longos turnos), soldados ou controladores aéreos.

E muitos, sem conhecer se há ou não perigo, já as utilizam para obter benefícios no local de trabalho.

Há imensos blogs e fóruns online em que se discute o consumo de drogas inteligentes, quais as substâncias a escolher e em que quantidades.



Alguns exemplos de drogas inteligentes 

Modafinil – normalmente usado para as perturbações do sono. Pode causar efeitos secundários como agressividade.

Adderall – é um medicamento à base de anfetamina e dextroanfetamina. Destina-se sobretudo a pessoas com défice de atenção. Pode causar arritmia e ansiedade.

Metilfenidato – É o fármaco mais usado para combater o défice de atenção. É também utilizado em doentes de Alzheimer. Tem uma longa lista de efeitos secundários. É conhecido por potenciar a concentração.
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