Um dos grandes problemas dos smartphones é a fragilidade dos seus ecrãs. A pensar nisso, a Motorola está a desenvolver um ecrã que se repara automaticamente.
Este ecrã inovador é uma concretização de uma ideia/desejo de muitos utilizadores que já gastaram fortunas a reparar ecrãs de telemóveis. A marca americana fez um pedido para patentear esta tecnologia em fevereiro deste ano e a patente foi registada em agosto.
Como funciona um ecrã que se repara automaticamente?
O United States Patent and Trademark Office descreve este ecrã como um “polímero de memória de forma”. “Os polímeros de memória são materiais que respondem a estímulos de forma a que uma resposta de correção possa ser aplicada como resultado de estímulos.
Enquanto diferentes estímulos podem ser aplicados para desencadear uma resposta, em muitos casos o estímulo é a aplicação de calor, que leva a um aumento da temperatura do material. Como resultado, o ecrã pode inverter alguma da deformação e voltar à sua condição original”, explica a patente.
Ou seja, este ecrã será composto por elementos térmicos que irão possibilitar a deteção de danos no mesmo. Depois, estes danos serão reparados com a aplicação de calor.
Um esboço da Motorola acerca deste projeto mostra um botão de “reparação” no telemóvel. Este botão deve ser premido sempre que o utilizador considerar que o ecrã precisa de ser reparado e quiser ativar este processo.
Fonte da imagem: United States Patent and Trademark Office
Desvantagens do ecrã de polímero
Esta tecnologia ainda é apenas uma patente, pelo que não se sabe se a empresa americana já avançou para a implementação e desenvolvimento deste ecrã.
Outro aspeto a ter em conta é que estes ecrãs de polímero, provavelmente, não serão tão bons ao tocar como os de vidro e a tecnologia nunca vai restaurar o ecrã a 100%.
Se for um daqueles utilizadores mais azarados e descuidados que deixa cair o telemóvel muitas vezes, é possível que um ecrã que se repara automaticamente não seja o suficiente para fazer com que deixe de ir às lojas de reparação.
Por outro lado, isto mostra que os produtores de smartphones estão a pensar em novos materiais e formas para resolver um problema muito comum: os ecrãs partidos e danificados. É bom saber que a tecnologia está a aprender a lidar e a depender de si mesma para funcionar melhor e para se reparar.
Contudo, esta ideia não é totalmente nova: já investigadores da University of California Riverside reportaram ter criado materiais de polímeros que se reparam sozinhos. Isto significa que mais marcas e produtores tecnológicos podem enveredar por este caminho.
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