Em Portugal, a educação ambiental tem ainda um longo caminho a percorrer, apesar dos vários esforços feitos nas últimas décadas para que ganhe verdadeira força em todas as escolas.
O que se procura é uma maior intensificação do papel da escola na educação ambiental dos jovens, tendo para isso de existir uma fusão desta área com outras disciplinas, investindo-se na formação para a cidadania.
Desta forma, estaremos a proteger um mundo que é de todos e para o qual ansiamos a existência de um futuro sustentável.
Em 2017 foi aprovada a Estratégia Nacional de Educação Ambiental (ENEA 2020), com o objetivo de estabelecer um compromisso efetivo e consolidado na construção de um paradigma sólido de educação ambiental. A intenção é que todos participem de forma colaborada para a proteção ambiental em todas as dimensões da intervenção do ser humano.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Para que consiga ter uma noção, desde 2016, os Ministérios da Educação e do Ambiente juntam esforços para desenvolverem e acompanharem projetos de educação ambiental.
Todos sabemos que os problemas ambientais são o resultado das ações inadequadas que o homem vai tomando ao longo da vida e que têm vindo a contribuir, cada vez mais, para a degradação do meio ambiente.
Por isso mesmo, e com o intuito de estabelecer um compromisso efetivo e consolidado na construção de um paradigma sólido de educação ambiental, foi aprovada em 2017, a Estratégia Nacional de Educação Ambiental (ENEA 2020). Esta estratégia assenta em cinco princípios básicos:
- Educar tendo em conta a experiência internacional;
- Educar tendo em conta a experiência nacional;
- Educar para a capacitação da sociedade face aos desafios ambientais;
- Educar para a Sustentabilidade;
- Educar para uma Cidadania Interveniente.
Mas afinal, qual é o papel da educação ambiental em contexto escolar?
Esta é uma questão bastante pertinente e que merece a atenção de todos os indivíduos da sociedade.
Ou seja, para que haja uma mudança comportamental tendo em consideração a preservação do ambiente e o desenvolvimento sustentável, é essencial que se utilize a educação ambiental para consciencializar os mais jovens.
Em contexto escolar, a educação ambiental tem um papel fundamental. Falamos, por exemplo, da conservação do ambiente através da preparação de cidadãos devidamente alertas e conscientes em relação a questões ambientais.
Se refletirmos bem sobre este tema, chegaremos à conclusão de que se as crianças forem bem preparadas e informadas desde cedo sobre os problemas ambientais com os quais nos deparamos, vão ser adultos mais preocupados com o meio ambiente.
Para além disto, serão cidadãos capazes de transmitir os seus conhecimentos a amigos, família e conhecidos.
Assim, as escolas têm um papel fundamental em formar cidadãos com pensamento crítico e consciente. Assim, estamos a formar jovens capazes de transmitir conhecimentos e que propõem ideias e soluções que irão auxiliar no desenvolvimento sustentável.
Contudo, é necessário que os educadores e professores sejam mediadores neste projeto educativo, através de ações práticas do dia-a-dia que levam à reflexão e consciencialização dos seus alunos.
QUE INICIATIVAS EXISTEM OU EXISTIRAM?
A educação ambiental surgiu devido à crescente preocupação com o meio ambiente, tendo em consideração que é o próprio ser humano que destrói o meio em que vive.
Por isso mesmo, devemos desde cedo aprender a cuidar e preservar a natureza, com vista a um equilíbrio entre a sociedade e o uso racional dos recursos naturais.
Existem atividades muito diversificadas, tais como:
- Sensibilização em meio rural;
- Sessões e workshops nas escolas;
- Apoio na realização de trabalhos e projetos escolares;
- Ações relacionadas com animais em risco.
Para além disso, existem também rubricas na televisão e rádio, como o programa “Minuto Verde”, na RTP ou “Um Minuto pela Terra” na Antena 1. Existem igualmente ações de voluntariado nos projetos “Criar Bosques” e “Floresta Comum”, os “Centros de Recuperação de Animais Silvestres” e as “Microreservas Biológicas”, entre vários outros. Todos eles promovem a sustentabilidade.
Outras iniciativas
Além disto, a Liga para a proteção da natureza (Lpn), tem algumas iniciativas para a cidadania ambiental como ciclos de debates sobre diversos temas e campanhas de sensibilização.
António Guterres, secretário-geral da ONU, lançou em 2018 a Estratégia da Juventude da ONU, que visa envolver 1,8 bilhão de jovens na condução de esforços globais para promover um mundo pacífico, justo e sustentável.
Nesta nova estratégia intitulada de “Juventude 2030: A Estratégia das Nações Unidas para a Juventude”, Guterres lançou uma lista de desafios que “a maior geração jovem da história” enfrenta nos dias de hoje.
O objetivo é compreender as necessidades dos jovens, ajudando a colocar as suas ideias em prática, assegurando os seus pontos de vista e informá-los dos processos utilizados na ONU. Outras prioridades incluem trabalhar para garantirem os seus direitos e envolvimento cívico e político.
De facto, já se tem sentido um esforço por se desenvolver e fomentar a educação ambiental em Portugal. Contudo, há ainda muito que pode e deve ser feito neste sentido, acordando consciências e lutando-se para que o ambiente esteja na linha da frente das prioridades educacionais do nosso país.
Há, neste sentido, um grande trabalho pela frente, mas valerá muito a pena!