O crédito malparado não tem parado de surpreender com os seus sucessivos recordes. Tal situação gera maior volume de trabalho para as empresas de recuperação de crédito.
Com as novas medidas de austeridade já se prevê que o malparado vai aumentar sendo o trabalho destes profissionais cada vez mais difícil.
Este sector está em pleno crescimento desde 2006, em que os principais clientes das empresas de recuperação de crédito são bancos e financeiras que cada vez mais recorrem a estes serviços quando os clientes deixam de pagar as prestações.
Há que sublinhar que em muitos casos as pessoas entram em incumprimento por esquecimento, ou porque o ordenado está domiciliado numa conta bancária diferente e então um telefonema apenas leva a pessoa a regularizar a situação. No entanto, outros casos há que as famílias estão de tal forma endividadas que não existe mesmo a possibilidade de cumprirem com as suas obrigações.
Com o malparado a subir, assiste-se a uma quebra na concessão de crédito habitação, devido à dificuldade da banca em aceder a financiamento e ao consequente aumento dos ‘spreads’.
Infelizmente, há muitas empresas a trabalhar no ramo da recuperação de crédito que não seguem as mesmas regras, adoptando atitudes pouco éticas como perseguir os clientes e fazer ameaças.
A Associação Portuguesa das Empresas de Recuperação de Crédito (APERC) defende-se afirmando que as associadas seguem um rigido regime de regras e em nada passa por tratar os clientes como criminosos e defende-se lembrando que é preciso separar as águas e quem se sentir ameaçado deve de imediato comunicar tal facto às autoridades.
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