Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
28 Dez, 2014 - 08:30

Emigrar com filhos: cuidados essenciais

Júlia de Sousa
Emigrar com filhos requer alguns cuidados adicionais. Saiba quais. 
Emigrar com filhos: cuidados essenciais
Emigrar não é – nem deve ser – uma “missão” encarada de ânimo leve, principalmente se existirem crianças envolvidas. De facto, para quem se prepara para emigrar com filhos os cuidados antes de partir devem ser redobrados.
Além das questões habituais, como emprego, habitação, saúde ou segurança, há que acrescentar ainda a educação ou a cultura. E por muito que lhe pareça apenas mais um ou outro detalhe a adicionar à lista, é muito mais que isso.
Se vai emigrar com filhos, deixamos-lhe agora algumas dicas que o podem ajudar.

Para onde ir?

Até podemos concordar se disser que essa pergunta se coloca quer esteja a pensar emigrar com ou sem filhos, mas a equação é consideravelmente mais complexa. Quando a mudança envolve filhos – principalmente se falarmos de crianças menores – o processo deve ser bem ponderado.
Não basta analisar os tops dos melhores países para emigrar, as listas dos melhores países para trabalhar e muito menos limitar-se a perceber se você – enquanto pessoa individual – tem ou não perfil para emigrar. Há uma terceira parte envolvida – os seus filhos – e, por isso, há que ponderar as condições de vida de que os seus filhos poderão usufruir.
É fundamental que tenha em consideração a facilidade (ou não) que os seus filhos terão em integrar-se na comunidade onde vão estar inseridos. Lembre-se que vão frequentar uma escola local e como tal é fundamental que antes de partir tente perceber quão complicado pode ser o processo.
Posto isto, ainda que não seja uma ciência exata, existem sempre dicas sobre países onde a inclusão de novos membros – principalmente crianças – é mais fácil. Coincidência ou não (com os rankings mencionados anteriormente), a verdade é que países como Austrália, França, Holanda, Canadá ou Suíça, são alguns dos países aconselháveis para quem pretende emigrar com filhos, por oferecerem melhores condições de vida para criar e educar os seus filhos, mas também por revelarem melhores condições económicas entre as comunidades de emigrantes.
Ninguém lhe pode garantir que ao optar por um destes países tenha sucesso garantido, até porque – como apontamos antes – existem outros elementos na equação. E, além disso, pode sempre encontrar uma grande oportunidade noutro país. Mas uma coisa é certa, as crianças têm uma grande capacidade de adaptação e, principalmente, em idades mais jovens, são verdadeiras “esponjas que absorvem” conhecimento.

Como escolher a escola?

Não há como não perceber (ou negar) que emigrar com filhos é mais fácil quando estes ainda são bebés. Mas isso nem sempre é possível. De qualquer das formas, independentemente da idade com que partam, há uma decisão que vai ser inevitável. Qual a escola que vai frequentar?
A decisão pode não ser fácil, mas no fundo deve seguir os mesmos princípios que adotaria no seu país de origem: a qualidade da escola, em termos de ensino, corpo docente ou infraestruturas, por exemplo.

O antes, o durante e o depois de partir

Seja por necessidade ou vontade de tentar a sua sorte noutro destino, se vai emigrar com filhos, a sua preparação prévia deve contemplar sempre estas três fases.
A verdade é que emigrar com filhos é uma aventura muito maior do que poderia imaginar (caso fosse dar esse passo sozinho). A experiência pode ser, simultaneamente, assustadora e entusiasmante e oferecer inúmeras oportunidades.
Os números de famílias – com filhos – que decidem emigrar tem vindo a aumentar nos últimos anos e os números dificilmente vão descer nos próximos tempos. Mas a mudança nunca é fácil e deve ser feita com cautela se envolver crianças.
Por esta razão é fundamental que durante a preparação não exclua os seus filhos e atente nas suas opções antes de partir. Mas esteja ciente que o seu trabalho não termina por aqui. Mal assente pé no país de destino a sua prioridade devem ser os seus filhos e a sua integração nos meios onde vão estar inseridos – comunidade, cultura, escola, etc. E acima de tudo garanta que tem sempre opções em cima da mesa: seja para permanecer no país que escolheu ou para regressar ao seu país de origem.
Se optar por ficar, não deixe as suas raízes caírem no esquecimento. Mantenha vivas as memórias das suas origens. Estas serão fundamentais para a integração dos seus filhos caso regresse no futuro.

Uma mudança ajustada a todos

Esta deve ser a sua prioridade, caso esteja a pensar emigrar com filhos. Lembre-se que por muito que queira levar a sua família para dar-lhes melhores condições de vida, só terá sucesso se todos estiverem bem com a mudança.
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