Share the post "Fake cakes: a tendência que está a mudar os bolos de casamento"
Sim, há bolos que não se comem. Os fake cakes — bolos cenográficos — estão a conquistar os casamentos em Portugal e não é difícil perceber porquê. Têm presença, são fotogénicos e não derretem ao sol. À primeira vista, ninguém nota a diferença.
O que são fake cakes?
Fake cakes são bolos falsos, feitos para parecer reais. Utilizam-se como parte da decoração, para sessões fotográficas ou simplesmente para manter o estilo sem complicações. A base é feita em esferovite (ou outro material leve), moldada em camadas e revestida com pasta de açúcar, fondant ou glacê. O acabamento é tão cuidado que engana até os mais gulosos.
Alguns têm uma camada superior verdadeira, apenas para o momento simbólico do corte. Outros são 100% cenográficos. Servem apenas para impressionar e, sejamos honestos, resultam muito bem nas fotografias.
Por que estão a conquistar os noivos?
1. Economia inteligente
O bolo tradicional de vários andares pode ser um investimento sério. Já o fake cake permite manter o impacto visual com um custo bem mais simpático. A poupança pode ser redirecionada para outros detalhes da festa, como o bar, o fotógrafo ou até a lua de mel.
2. Liberdade criativa total
Como não há limites de textura ou peso, os fake cakes podem incluir detalhes que seriam impraticáveis num bolo real: estruturas altas, peças metálicas, flores que “flutuam” ou pintura artística. Tudo é possível porque não se está a lutar contra a gravidade nem contra o calor.
3. Resistência à prova de stress
Não derrete, não racha, não precisa de refrigeração. Ideal para casamentos ao ar livre, especialmente no verão. Além disso, pode ser preparado com antecedência, evitando imprevistos de última hora.
4. Logística facilitada
O transporte é mais simples, a montagem também. E o corte é simbólico: depois entra o bolo verdadeiro, vindo diretamente da cozinha, já fatiado e pronto a servir.
Como se faz um fake cake?
Tudo começa com a estrutura. O mais comum é o uso de esferovite, cortado em discos que imitam camadas de bolo. Depois, entra a decoração. Pode ser clássica ou moderna, com flores, renda comestível, brilho ou texturas mais ousadas. A pasta de açúcar cobre toda a peça, garantindo um acabamento suave e realista.
Alguns designers de bolos até misturam técnicas de pintura e escultura para criar peças que parecem verdadeiras obras de arte. Tudo sem desperdício e com total controle sobre o resultado final.
E o momento de cortar o bolo?
Sim, o clássico “corte do bolo” continua a acontecer. Muitos noivos optam por uma camada superior verdadeira, estrategicamente colocada para o corte. A fotografia fica bonita, a tradição cumpre-se e ninguém se magoa ao tentar cortar esferovite.
Depois do momento cerimonial, os convidados são servidos com um bolo feito à parte, muitas vezes mais leve, fresco e fácil de dividir. Uma solução prática que evita desperdícios e filas à volta da mesa do bolo.
Numa época em que os casamentos são cada vez mais personalizados, esta tendência veio para ficar. E com um bolo assim, o “felizes para sempre” começa com estilo — mesmo que não haja migalhas no prato.