Feira do Livro de Lisboa 2025: o regresso ao Parque Eduardo VII

Este ano, a 95.ª Feira do Livro de Lisboa aposta numa forte pegada ecológica com o projeto “Vamos Plantar Livros”, em parceria com a The Navigator Company. A ideia é simples: por cada 100 livros vendidos, uma árvore será plantada.

Com uma estimativa de 700 mil livros vendidos ao longo do evento, Lisboa pode ganhar uma nova floresta – literária e literal. Além disso, há medidas sustentáveis em toda a feira: menos plástico, mais reciclagem, iluminação eficiente e incentivo ao uso de transportes públicos. Ler nunca foi tão amigo do ambiente.

Programação para leitores de todos os gostos

A literatura vai sair à rua com mais de três mil atividades ao longo dos 19 dias. O evento contará com 350 pavilhões, com 963 marcas editoriais e mais de 85 mil títulos distintos. Entre lançamentos de livros, debates, sessões de autógrafos e concertos, o difícil será mesmo escolher.

Os concertos de sexta-feira à noite estão de volta, com nomes bem conhecidos como Teresa Salgueiro, e há ainda mesas-redondas sobre temas quentes: inteligência artificial, sustentabilidade, igualdade de género e até o papel do livro em tempos de TikTok. Há espaço para reflexão, diversão e, claro, para comprar aquele livro que está na lista desde janeiro.

Espaço para os mais pequenos

Os mais novos não foram esquecidos. Pelo contrário, são os verdadeiros protagonistas em muitas das iniciativas. A programação infantil é variada e cheia de imaginação: oficinas de ilustração, leituras encenadas, jogos e desafios que incentivam a criatividade.

Destaque para o projeto “Acampar com Histórias”, onde crianças entre os 8 e os 10 anos podem passar uma noite na Estufa Fria, rodeadas de livros, histórias e magia. Dormir fora de casa nunca teve tanto encanto literário.

Acessibilidade para todos

Na edição de 2025, ninguém fica de fora. A Feira do Livro reforça a acessibilidade física e comunicacional com várias melhorias pensadas para todos os públicos. Rampas móveis, casas de banho adaptadas e sinalética inclusiva são algumas das novidades.

Mas há mais. A organização pensou também nas pessoas com deficiência visual, auditiva e daltonismo. Estão disponíveis guias com contraste visual adequado, interpretação em Língua Gestual Portuguesa em eventos selecionados e zonas de descanso adaptadas. A cultura é de todos e a feira do livro quer provar isso.

Como aproveitar ao máximo a Feira do Livro de Lisboa

Para começar, não subestime o poder de um autógrafo. Muitos autores estarão por lá, prontos a assinar livros e trocar duas palavras. Leve uma caneta, que nem todos os escritores andam com uma no bolso. E não custa nada ter uma de reserva, para ter a certeza que tem sempre uma caneta à mão.

Planeie a visita com calma. O mapa da feira está disponível online e nos pontos de informação, e ajuda a evitar aquele clássico “como é que eu nunca vi este pavilhão?”. Marcar os favoritos com antecedência poupa tempo e pernas.

Escolha bem a hora. Os expositores costumam ter descontos especiais em horários menos movimentados. Ir mais cedo ou ao final do dia pode render boas surpresas — e preços mais simpáticos.

Leve uma mochila confortável e uma garrafa de água. Parece conselho de mãe, mas resulta. Os sacos das compras ficam pesados num instante e, com sorte, o sol vai estar de serviço. Hidratar-se é meio caminho andado para aguentar o percurso literário.

Siga as redes sociais da feira. É lá que surgem novidades de última hora, sessões-relâmpago, convites para debates inesperados e, às vezes, brindes que não se anunciam em lado nenhum.

Não se esqueça dos óculos de leitura se precisar, nem do telemóvel com bateria para anotar recomendações e tirar fotos. E, já agora, deixe espaço na agenda. Porque entre um lançamento e uma conversa com um autor, há sempre mais um livro a descobrir.

Informações práticas para quem vai

Datas: de 4 a 22 de junho
Local: Parque Eduardo VII, Lisboa
Entrada: gratuita

Horários:

• Segunda a quinta: 12h00 às 22h00
• Sextas e vésperas de feriado: 12h00 às 23h00
• Sábados: 10h00 às 23h00
• Domingos e feriados: 10h00 às 22h00

O acesso é fácil por transportes públicos e há zonas de restauração, áreas de descanso e muita sombra para os dias mais quentes. Sim, os livros também merecem piqueniques.