Pedro Martins
Pedro Martins
21 Jan, 2019 - 18:19

11 maiores flops do mundo automóvel para ficar a conhecer

Pedro Martins

Na indústria automóvel, muitos foram os modelos que não sobreviveram para contar a história. Aqui ficam alguns dos maiores flops do mundo automóvel.

carro pequeno na cidade

Os maiores flops do mundo automóvel existem quase em todas as marcas, embora muitas possam não admiti-lo ou não encararem a má prestação de determinado modelo como um flop. Na maioria dos casos, considera-se um flop quando o modelo não corresponde aos objetivos comerciais, ficando aquém do desejado.

O facto de um carro ser um flop no mundo automóvel não significa, necessariamente, que seja um mau produto, como é o caso de alguns dos exemplos que aqui trazemos.

Por trás de uma má prestação comercial, podem existir diversos fatores, isolados ou não, como a qualidade, design, preço, estratégia comercial, orçamento disponível ou a própria concorrência. Nesta lista, longe de ser exaustiva, explicamos por que razão estes modelos foram considerados flops, no vasto mundo automóvel.

11 maiores flops do mundo automóvel: alguns (maus) exemplos

1. Citroën C4 Aircross

Este é, certamente, um dos maiores flops do mundo automóvel. Lançado em 2012, o Citroën C4 Aircross fez parte de uma parceria com a Mitsubishi. Não foi a primeira vez que o Grupo PSA se aliou à marca dos três diamantes num projeto SUV. Antes disso, os construtores trabalharam juntos no Citroën C-Crosser e Mitsubishi Outlander (a Peugeot também estava incluída, com o 4007).

Apesar das vendas pouco expressivas que o ditaram como um flop, o C4 Aircross não era um mau produto. Era um Mitsubishi ASX, com logótipo e faróis de Citroën, motor Diesel PSA e qualidade de construção japonesa. O fim de produção foi em 2017.

2. Ford Pinto

O Ford Pinto quase não merecia estar na lista dos maiores flops do mundo automóvel… Ou talvez sim, mas só pelo facto de algumas unidades se terem incendiado, caraterística do Pinto quando sofria acidentes na secção traseira (mas também hoje há carros que se incendeiam sozinhos e não é por isso que vemos os principais responsáveis serem demitidos, como aconteceu na altura com Lee Iacocca).

Tirando isso, o Ford Pinto até vendeu bem e era um carro com carisma (pelo menos, visto agora, a partir de 2019). E, até foi estrela no grande ecrã, contando com participações em vários sucessos de Hollywood. O Ford Pinto foi apresentado em 1970, tinha motores de 1.6 a 2.8 e foi descontinuado 10 anos depois. O nome Pinto referia-se a uma raça de cavalos americana.

 

3. Nissan Murano CrossCabriolet

Bem-sucedido nos Estados Unidos da América, o Nissan Murano conheceu um forte revés nesta variante e revelou-se um dos maiores flops do mundo automóvel. Era uma versão demasiado ousada para um modelo que tinha clientes mais conservadores. O Murano CrossCabriolet foi anunciado como o primeiro crossover de tração integral descapotável em todo o mundo! Começou a carreira em 2011 e terminou em 2014.

 

4. Ford Edsel

O Ford Edsel, cujo nome homenageava um dos filhos de Henry Ford, Edsel B.Ford, é considerado um grande flop do mundo automóvel. Lançado em 1957, o Edsel ficou muito abaixo das expetativas, mesmo suportado por uma campanha publicitária que incluía programa de televisão com nome próprio: Edsel Show.

O modelo americano tinha quatro variantes: carrinha, quatro portas, um modelo de duas portas e um descapotável. Claro está que o motor, à grande e à americana, era um V8, com variantes de 300 e 345 cavalos de potência. O carro apresentava bons níveis de equipamento, mas não primava pela qualidade dos materiais e acabamentos.

Além disso, tinha um detalhe peculiar: a grelha dianteira fazia lembrar uma vagina… (acreditamos que a equipa de design não tenha feito de propósito). O Ford Edsel foi descontinuado passados dois anos, com prejuízos avaliados no que seriam, atualmente, cerca de 2,8 mil milhões de dólares.

 

5. Opel Speedster

Bastava olhar para o Speedster e percebia-se que era um carro excêntrico. Este dois lugares dividia plataforma com o Lotus Elise, era um desportivo de corpo e alma e destacava-se pelo comportamento dinâmico (e pelo estilo) de quem gosta de desportivos puros e duros.

O Speedster tinha carroçaria em alumínio e centro de gravidade colado ao chão, motor 2.2 construído em alumínio e 145 cavalos de potência. Teve também um motor de 200 cavalos que lhe permitia chegar dos 0 aos 100 km/h em menos de 5 segundos – um autêntico tempo-canhão! O Opel Speedster, por ser um automóvel de nicho, não foi propriamente um best-seller e terminou a carreira em 2005. Pode ser que venha a ter algum valor, pelas poucas unidades existentes.

 

6. Suzuki X-90

Outro dos maiores flops do mundo automóvel, foi o Suzuki X-90. Com tempo de vida de apenas dois anos, o X-90 surgiu em 1995, mas não convenceu, mesmo nos grandes mercados americano, australiano e japonês. Disponível com tração traseira ou às quatro rodas, tinha motor 1.6 de 95 cavalos e caixa manual de cinco velocidades ou automática de quatro. Não era bonito, nem era feio…

 

7. Landwind X6

Não, este não foi o precursor do BMW X6 (esse não foi um flop do mundo automóvel, apesar de controverso). O Landwind X6 era um carro chinês e tinha como base o Isuzu Rodeo. Estava disponível com dois motores a gasolina e um Diesel 2.8, este com pouco mais de 90 cavalos. Essa parte não era má de todo.

A parte pior foi que o X6 (o chinês, não o alemão) quis chegar à Europa e até passou em testes de nomeadas associações alemãs, apesar de a NCAP ter anunciado que o condutor não sairia vivo num teste de colisão frontal a 64 km/h. Felizmente, não chegou cá.

 

8. Pontiac Aztek

Produzido entre 2001 e 2005, o Pontiac Aztek foi distinguido, várias vezes, como o carro mais feio do mundo… vá-se lá saber porquê! O Aztek era um género de crossover, com motor 3.4 de 6 cilindros e caixa automática de 4 velocidades. Mas o Aztek não serviu apenas para ofender toda uma civilização… Também servia para acampar, uma vez que o portão traseiro permitia a montagem de uma estrutura tipo tenda que vinha incorporada no carro. O Pontiac foi uma triste ideia (excetuando a parte da tenda) e foi um dos maiores flops do mundo automóvel.

 

9. Lamborghini LM002

Apresentado em 1986, o Lamborghini LM002 foi uma espécie de avô do fabuloso Lamborghini Urus. Com propósitos diferentes do mais recente e elitista SUV da marca, o LM002 também era bastante especial na época (como qualquer “Lambo”).

Construído para ser usado por forças militares (a traseira estilo pickup seria para colocar a arma e o soldado a comandá-la), este carro de combate tinha motor do Lamborghini Countach, um V12 5.2, de 48 válvulas (antes do lançamento foi testado com um V12 7.0) que debitava 450 cavalos. Estes bebiam gasolina (e não era pouca) de um depósito com capacidade para 290 litros e puxavam as 2,7 toneladas dos 0 aos 100 km/h em menos de 8 segundos.

O LM002 usava pneus desenvolvidos especificamente pela Pirelli, uns Scorpion para jantes de 17 polegadas e concebidos em duas variantes: mistos e areia. Em 1993, ano em que terminou a produção, existiu uma versão específica para os Estados Unidos da América, o LM Americana, com 60 unidades produzidas. Tinha sistema de injeção do Diablo e um nível de equipamento e materiais adequados a um SUV elitista e de luxo, conceito inexistente na altura. As vendas do LM002 ficaram muito abaixo do esperado.

 

10. Volvo P1900

Este terá sido um dos grandes flops do mundo automóvel e, provavelmente, o maior da Volvo. O P1900, também conhecido como Sport, era um automóvel inspirado em descapotáveis americanos adaptado ao mercado europeu. Pelo menos, assim se pensou…

O roadster da Volvo era construído em fibra de vidro e poliéster sobre um chassis tubular. Tinha motor de quatro cilindros e 70 cavalos de potência. A construção teve início em 1956 e terminou no ano seguinte, com 67 unidades produzidas. Sim, era assim tão bom… A maior parte dos P1900 não terão saído do país de origem, Suécia.

 

11. Suzuki Vehicross

O último dos maiores flops do mundo automóvel que lhe apresentamos é o Suzuki Vehicross. Ele foi lançado em 1997 e apontou para os Estados Unidos da América, além do Japão, claro, e esteve longe de ser um sucesso à escala pretendida. As motorizações de seis cilindros adequavam-se ao mercado americano, mas a imagem terá afastado potenciais compradores, mesmo os adeptos de todo o terreno, campo onde o carro estava à vontade ou não fosse um Suzuki. Vendeu pouco e fechou a loja no fim do ciclo de vida de quatro anos. Venha de lá o novo Jimny!

 

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