Nuno Margarido
Nuno Margarido
22 Dez, 2016 - 09:49

Greves nos aeroportos chegam na próxima semana

Nuno Margarido

O final de 2016 vai ficar marcado por greves nos aeroportos. Se tem voo marcado… tenha cuidado.

Greves nos aeroportos chegam na próxima semana

Os aeroportos portugueses estão a preparar-se para quatro dias difíceis que podem ameaçar o regresso de muitos portugueses a casa e até mesmo o retorno de outros aos países onde atualmente habitam. As greves nos aeroportos começam já de de 27 a 29 de Dezembro, com as empresas Prosegur e Securitas a parar em protesto por ainda não terem um novo contrato de trabalho. Já entre 28 e 30, os trabalhadores da Portway e Groundforce voltam à greve contra o licenciamento da Groundlink, empresa da Ryanair.

As greves nos aeroportos portugueses acabaram por apanhar de surpresa a RENA, a associação de companhias aéreas. “Não pondo em causa o direito à greve dos trabalhadores, as companhias aéreas associadas da RENA estão preocupadas com a calendarização das greves, pois irão ter um impacto negativo na operação aeroportuária numa altura crítica para famílias e para os portugueses, perturbando a vida de milhares de pessoas numa época natalícia, sendo que para muitas pessoas é a única altura do ano que podem visitar a família e entes mais próximos”, referiu a RENA em comunicado.

Em relação às greves das empresas de segurança Prosegur e Securitas, a RENA pediu respostas à gestora aeroportuária. “Compete à ANA – Aeroportos de Portugal resolver o tema em termos operacionais e as companhias aéreas esperam que os problemas sentidos no passado não se repitam. É necessário planeamento e intervenção atempada para evitar que os passageiros sejam afetados e que se divulguem instruções claras para que as companhias aéreas possam fazer o seu papel e avisar os seus passageiros”.

Já no caso do impasse causado pelo licenciamento de uma empresa da Ryanair, que pôs em causa trabalhos realizados até aqui pela Groundforce e Portway, a RENA lembra que “foi criado um grupo de trabalho para estudo do setor, que tem feito reuniões periódicas e que congrega todos os sindicatos, não se percebendo a motivação para o recurso a esta greve na pendência dos trabalhos”.


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