Miguel Pinto
Miguel Pinto
25 Nov, 2025 - 17:30

Há idade limite para fazer um seguro de saúde?

Miguel Pinto

Fazer um seguro de saúde pode estar dependente de muitos fatores e a idade é um deles. Saiba tudo o que pode estar em causa.

seguro de saúde

A questão da idade nos seguros de saúde é uma preocupação crescente para muitos portugueses, especialmente à medida que se aproximam da reforma ou já entraram na terceira idade.

Afinal, será possível contratar um seguro de saúde depois dos 60, 65 ou até 70 anos? A resposta não é única, mas existem várias opções disponíveis no mercado português.

As idades limite de adesão variam consoante a seguradora, podendo encontrar limites de 60, 65 ou 70 anos, o que significa que a margem para contratar um seguro pode diferir até 10 anos entre companhias.

Cada seguradora define os seus próprios critérios, pelo que é fundamental comparar as diferentes propostas antes de tomar uma decisão.

Importa distinguir dois conceitos importantes, ou seja, a idade limite de adesão e a idade limite de permanência.

A primeira refere-se à idade máxima até à qual é possível contratar um novo seguro, enquanto a segunda diz respeito à idade até à qual se pode manter o seguro ativo.

Muitos seguros, uma vez contratados, permitem a permanência indefinida, desde que não haja interrupções no pagamento dos prémios.

Seguro de saúde: uma solução específica

Nos últimos anos, surgiram no mercado português produtos desenhados especificamente para pessoas com mais de 55 ou 60 anos.

Os seguros sénior geralmente aceitam adesões entre os 55 e os 75 anos, sem limite de permanência, o que representa uma vantagem significativa para quem procura cobertura em idades mais avançadas.

Entre as opções disponíveis encontram-se produtos como o Médis Vintage, o Seguro Saúde Sénior do Novo Banco, o Saúde Sénior da Ageas e o Multicare 60+, todos com características adaptadas às necessidades desta faixa etária. Estes seguros oferecem coberturas de internamento, ambulatório e, em alguns casos, proteção oncológica reforçada.

Casos excecionais e fatores a considerar

Existem produtos no mercado, como o seguro “A Idade Não Conta” do ACP, que não impõem qualquer limite de idade de admissão, permitindo a adesão em qualquer idade, seja aos 30, 60 ou 90 anos.

Estas apólices representam uma alternativa para quem já ultrapassou os limites de idade convencionais, embora possam ter condições e coberturas diferentes dos seguros tradicionais.

A idade influencia não apenas a possibilidade de adesão, mas também o valor do prémio a pagar. Com o avançar dos anos, aumenta a probabilidade de surgirem problemas de saúde, o que leva as seguradoras a ajustar periodicamente o valor do seguro. Por isso, quem contrata um seguro em idade mais avançada deve estar preparado para prémios mais elevados.

Outro aspeto relevante são os períodos de carência e as exclusões. Em alguns casos, a idade de adesão pode determinar a aplicação de franquias maiores ou condições específicas de permanência. É essencial ler atentamente as condições contratuais antes de subscrever qualquer apólice.

Alternativas aos seguros tradicionais

Para quem já não consegue aderir a um seguro de saúde tradicional ou considera os prémios demasiado elevados, existem outras soluções.

Os planos de saúde, que funcionam com base em descontos numa rede de prestadores, podem ser uma opção mais acessível.

Também é possível recorrer a seguros de acidentes e doenças, que cobrem situações específicas como internamentos, mas com capitais e condições diferentes dos seguros de saúde abrangentes.

Como escolher o melhor seguro

A escolha do seguro de saúde ideal deve ter em conta vários fatores: a rede de prestadores, as coberturas incluídas, os capitais disponíveis, os períodos de carência e, naturalmente, o custo.

É aconselhável fazer simulações em várias seguradoras e comparar não apenas os preços, mas também a qualidade das coberturas oferecidas.

Para quem já tem um seguro através da entidade empregadora e se aproxima da reforma, convém planear atempadamente a transição para um seguro individual, evitando ficar desprotegido após a cessação do contrato empresarial.

O mais importante é não deixar esta decisão para o último momento e pesquisar cuidadosamente as opções disponíveis, tendo sempre em atenção as necessidades individuais de saúde e a capacidade financeira para suportar os prémios a longo prazo.

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