A importância do contexto familiar na educação e formação dos mais novos é inquestionável. Se os pais são tradicionalmente vistos como as principais figuras de vinculação das crianças, também é verdade que os avós constituem importantíssimos elementos de suporte familiar. Em concreto, é de notar a importância das avós na educação dos netos.
A importância das avós na educação e a influência no futuro profissional dos netos
Por trás de inúmeros grandes homens e mulheres está muitas vezes uma grande avó. Temos a certeza absoluta de que a esmagadora maioria dos leitores vão concordar connosco, senão vejamos: as avós são os elementos com maior experiência no cuidado de familiares de todas as idades – já passaram “pelas suas mãos” os nossos pais, tios e primos, enquanto bebés, crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Assim, as caraterísticas próprias de cada etapa do desenvolvimento humano raramente são uma surpresa para elas. No entanto, ou talvez por isso mesmo, o seu amor incondicional pelos netos é mais livre de regras e exigências que o dos próprios pais. Possivelmente, porque a sua gestão da família já se baseia mais na experiência e na intuição do que no que dizem especialistas: pediatras, psicólogos, professores e educadores.
A importância das avós nos primeiros anos de vida
Muito provavelmente fomos à escola pela primeira vez pela mão dos nossos avós. Depois dos pais e irmãos, terão sido os avós quem mais contacto teve connosco, proporcionando o suporte familiar necessário à libertação dos pais para as tarefas e exigências da vida profissional. Por esta razão, pode considerar-se que os avós desempenham o papel de mediação familiar, papel este que será talvez o primeiro exemplo que a criança tem de trabalho a favor de uma comunidade ou grupo – a família. Este, como se compreende, é um valor transportado para outras esferas da vida da criança, incluindo a esfera escolar, a social e, mais tarde, a profissional.
Estabilidade emocional e capacidade de lidar com a perda
É algo que tendemos a descurar, mas a base da estabilidade emocional na vida adulta relaciona-se intimamente com os modelos de relacionamento que nos foram transmitidos na infância. Uma relação segura e estruturante com os pais e os avós facilita o desenvolvimento de uma personalidade adaptada, flexível, e a adoção de comportamentos saudáveis e promotores da autoconfiança. Estas caraterísticas pessoais promovem a qualidade de vida nos planos relacional, íntimo, social e, claro está, profissional.
Mas nem todas as pessoas têm o privilégio de chegar à idade adulta com os seus avós por perto. Quando tal não acontece, para a criança ou adolescente o falecimento de um avô ou avó é o primeiro contacto com a perda, e também a primeira (e importantíssima) aprendizagem de como se faz um processo de luto.
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