De acordo com o que foi assinado na toika, em 2012, supostamente, irá aumentar o imposto automóvel. Mais concretamente o documento indica que devem ser aumentados “os impostos especiais sobre o consumo para obter uma receita de, pelo menos, 250 milhões de euros”, o que implica um aumento do imposto sobre veículos e corte de isenções.
No entanto, José Ramos, presidente da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), tem a esperança que o Governo volte atrás na sua decisão, uma vez que o sector automóvel tem uma grande importância para a economia na medida em que alberga milhares de empregos.
O responsável defende que tal como o Governo avançou com impostos que não estavam previstos no acordo com a troika, também reflicta sobre este aumento no imposto automóvel.
O argumento é que o sector automóvel é o “primeiro exportador português”, sendo as exportações uma das estratégias a seguir para sair da crise.
O presidente mostra o exemplo de dois países que receberam a ajuda externa – a Irlanda e a Grécia e que foram tomadas outras medidas. Na Irlanda, não houve agravamento porque o imposto automóvel já é de 50% e na Grécia houve aumento, mas mesmo assim, o imposto automóvel apenas representa cerca de 35% do preço do veículo.
Estas opiniões do responsável pela Associação foram prestadas no âmbito da apresentação do Salão Internacional do Automóvel de Portugal, que se realizará em Novembro, que de acordo com o presidente, este é um evento que prova a importância que o sector automóvel tem para o crescimento da economia nacional.