Ekonomista
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22 Fev, 2023 - 10:06

Lisboa é a cidade portuguesa com menos retorno de investimento

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Em termos de retorno, Barreiro, Setúbal e Seixal lideram a yeld. Cascais e Oeira rendas registam aumentos superiores a 30 por cento.

Retorno do imobiliário em lisboa

A cidade de Lisboa é a que apresenta o menor retorno de investimento em Portugal, com a yield – medida de rentabilidade anual – mais baixa do país de apenas 4.6%, seguindo-se Guimarães (4.6%) e Faro (4.9%), revelou a consultora imobiliária digital imovendo, numa análise à rentabilidade do mercado de arrendamento.

Por oposição à capital, o retorno de investimento mais alto do país está, neste momento, em cidades da margem sul, como Barreiro, Setúbal e Seixal, com taxas de retorno de investimento de 7,1%, 6,7% e 6,2%, respetivamente.

A percentagem mais baixa de yield em cidades como Lisboa explica-se pelo elevado preço dos imóveis disponíveis para compra, face ao retorno efetivo esperado do arrendamento.

“Mesmo com o preço das rendas a subir mais de 30% entre 2021 e 2022, o mercado de arrendamento na capital já não é tão atrativo, com retornos baixos e cada vez menos oferta de imóveis”, esclarece Miguel Mascarenhas, CEO da imovendo.

Apesar da instabilidade do mercado e da economia, o valor das rendas em Portugal cresceu 21,1% em janeiro passado face a igual período de 2022 e, segundo a consultora, a tendência vai manter-se no primeiro trimestre deste ano.

Moderação em 2023

A seguir a Lisboa, o crescimento do preço das rendas foi mais expressivo nos concelhos vizinhos de Oeiras (+ 24,5%) e de Cascais (+ 32,9%) face ao ano passado, cidades onde o retorno também é baixo.

“É expectável que 2023 seja um ano de moderação, e, apesar da tendência para maximizar os investimentos, será necessário estudar cuidadosamente o mercado e evitar cidades sobrecarregadas como Lisboa”, sublinha o mesmo responsável.

A imovendo aponta assim para um ano de 2023 com preços de arrendamento elevados, sem uma previsão ainda para abrandamento e o alívio de pressão dos preços carece de medidas mais estruturadas que não apenas apoios temporários.

“Será necessário ir mais além da taxa liberatória a que estão sujeitos os rendimentos provenientes de rendas. Uma descida generalizada do IRS não irá levar a uma descida de preço, nem aliviará a pressão no mercado imobiliário”, conclui Miguel Mascarenhas.


Top 10 das cidades com menor Yield

  •   Lisboa (4,6%)  
  •   Guimarães (4,6%)
  •   Faro (4,9%)
  •   Oeiras (4,9%)
  •   Santa Maria da Feira (4,9%)  
  •   Maia (5,1%)
  •   Cascais (5,2%)
  •   Viana do Castelo (5,1%)
  •   Odivelas (5,3%)
  •   Porto (5,3%)

Top 10 das cidades com maior Yield

  •   Barreiro (7,1%)
  •   Setúbal (6,7%)
  •   Seixal (6,2%)
  •   Amadora (6,1%)
  •   Sintra (6,1%)
  •   Aveiro (6,0%)
  •   Figueira da Foz (6,0%)
  •   Vila Franca de Xira (6,0%)
  •   Palmela (5,9%)
  •   Vila Nova de Gaia (5,9%)
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