Hugo Moreira
Hugo Moreira
06 Jun, 2011 - 00:00

Nem o tabaco escapa à troika

Hugo Moreira

Para quem achava que tinha encontrado uma alternativa ao caro maço de tabaco, optando pelo tabaco de enrolar, que é bem mais barato, desengane-se. O acordo com a troika impõe aumento de imposto sobre o tabaco de enrolar.

Nem o tabaco escapa à troika

De acordo com Sérgio Vasques, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o tabaco de enrolar, o tabaco para cachimbo e charutos vão ser alvo de aumento de impostos definidos pela troika.

Os impostos sobre o tabaco vão permitir ao Estado assegurar uma receita extra de 100 milhões de euros por ano, dos quais 70 milhões serão fruto do aumento do imposto sobre o tabaco de enrolar, tabaco para cachimbo e charutos. 

O imposto sobre o tabaco tem aumentado bastante e os fumadores procuram alternativas, e a verdade é que muitas pessoas deixaram de comprar maços de tabaco e passaram a adoptar novos hábitos de consumo, como por exemplo, o tabaco de enrolar, o que permite ao consumidor uma poupança de 50%.

Tomemos o exemplo da marca de maço de tabaco mais vendida, que custa 4€. Já o conjunto de: tabaco de enrolar – 2,80; mortalhas – 1,50€ e filtros – 1,50€ permite fazer cerca de 60 cigaros, saindo cada conjunto de 20 cigarros a 2€.

Uma vez que o tabaco de enrolar, tabaco para cachimbo e cigarrilhas têm ganho margem de mercado, serão sujeitos a um agravamento do imposto cobrado.

Para quem alterou os seus hábitos de consumo, fica o alerta, até porque os agravamentos previstos vão anular a diferença de preços até agora verificada, constando já no Orçamento do Estado de 2011.