Se cresceu nas décadas de 60, 70 e 80 é muito provável que se lembre das sapatilhas Sanjo. E claro, que tenha tido algum par que usou sem parar, durante muito tempo. Afinal, na época as sapatilhas oriundas de São João da Madeira (daí o seu nome) estavam nos pés de toda a gente e toda a gente as queria ter.
Agora estão de volta para se assumirem como as melhores amigas dos seus pés, na estação fria.
A história das sapatilhas Sanjo
Mas comecemos pelo princípio. As Sanjo nasceram em 1933, em São João da Madeira, pelas mãos da Companhia Industrial de Chapelaria. E é à terra que as viu nascer que devem o seu nome (sim, Sanjo vem de São João da Madeira). Sabia desta curiosidade?
Na época, as sapatilhas com sola de borracha começavam a ser tendência sobretudo entre os desportistas, e as Sanjo apareceram, por isso, na altura certa.
É claro que daí a tornarem-se um sucesso, foi um passo. Consequentemente, nas décadas de 40 e 50 já todos os jovens, atletas ou não, andavam de sapatilhas Sanjo nos pés (e os que não andavam, sonhavam com o dia em que iriam comprar o primeiro par).
Do sucesso ao declínio
Contudo, com o advento das marcas estrangeiras, como a Converse nos anos 80, as Sanjo caíram em desuso. A marca não conseguiu acompanhar a concorrência, e as marcas desportivas internacionais acabam por suplantá-la. Começava o declínio desta marca portuguesa icónica, que marcou gerações.
Assim, e como seria de esperar, infelizmente, em 1996 a Companhia Industrial de Chapelaria encerrou as suas portas. Com o encerramento perderam-se os moldes originais das sapatilhas, outrora um sucesso com assinatura portuguesa.
Mas apesar de, naquela época, só restar o saudosismo, um ano depois a marca é comprada e renasce. De entre as fotografias antigas e o trabalho de pesquisa, consegue-se finalmente chegar ao molde perdido que iria dar lugar a uma segunda geração de sapatilhas Sanjo.
O trabalho deu frutos e, em 2010, a Sanjo renasce com dois dos modelos mais icónicos da marca: as K100 e as K200. Contudo, apesar da geração que as usou aquando do seu auge voltar a comprá-las, o facto da produção ser feita na China deixou muitos consumidores de pé atrás.
M2BEWEAR ressuscita as icónicas Sanjo
Por isso, o ano passado marcou uma nova vida para as Sanjo, que foi novamente comprada. Desta feita, por uma empresa de Braga, a M2BEWEAR, cujos acionistas prometeram devolver às sapatilhas Sanjo, e a quem gosta delas, os momentos de glória de outrora, mas com olhos bem postos no futuro.
Os modelos clássicos que povoam as memórias de tantos portugueses mantiveram-se, e surgiram outros integralmente novos.
Dois deles partem, aliás, da sola dos tradicionais K100 e K200 e dão lugar a umas sapatilhas modernas, onde a reinterpretação do design clássico da marca está bem presente.
E o melhor: as sapatilhas que levaram tantos portugueses a correr atrás dos seus sonhos, voltaram a ser produzidas em Portugal, mais concretamente em Felgueiras. Ou seja, se dúvidas houvesse acerca da sua qualidade, acabaram de se dissipar.
Confira abaixo os modelos que vai querer ter esta estação.
As sapatilhas Sanjo da nova coleção que vai querer ter
K100 em bombazine tricolor

Sanjo K100
O modelo K100 é um dos mais icónicos da marca Sanjo, e também um dos favoritos dos fãs da marca. Não é por isso de estranhar que, para esta estação, as K100 ganhem um ar mais outonal, aparecendo em bombazine.
Sim leu bem. As K100 da nova coleção são em bombazine, e existem em vários tons diferentes. Estas são tricolor e assumem-se como a escolha perfeita de todos aqueles que gostam de ousar.
K200 em bombazine preta
K100 em lã

Sanjo K100
Sabia que estas Sanjo em lã são de burel da Serra da Estrela, impermeáveis e excelentes aliadas para manter os pés quentes nos dias mais frios?
E para além de estarem preparadas para fazer face às intempéries, resultam bem com quase todos os coordenados.
Nunca foi tão fácil manter-se quente e com estilo.
K300 em verde musgo
B200 em camurça cinzenta
Como vê, as sapatilhas Sanjo vão dar cartas na estação fria.
Eleja o seu par favorito e reviva a alegria de outros tempos, criando memórias incríveis.