Share the post "Como será trabalhar em 2026? As tendências que vão marcar a diferença"
Há muito que o trabalho deixou de ser apenas um lugar onde se bate o ponto. Em 2026 prevê-se uma experiência mais humana, mais centrada no bem‑estar e flexibilidade dos colaboradores e menos em horários ou presenças obrigatórias.
A International Workplace Group (IWG), que acompanha estas mudanças de perto, reuniu os sinais que já se fazem notar nos escritórios para perceber o que realmente vai importar nos próximos anos.
Inteligência artificial como assistente de trabalho
Em 2026, a inteligência artificial deixará de ser uma presença discreta nos bastidores e passará a estar integrada nas rotinas diárias das equipas híbridas. Ao assumir tarefas administrativas e repetitivas, estas ferramentas permitem que os profissionais se concentrem em actividades mais estratégicas, contribuindo para equipas mais eficientes e menos sobrecarregadas.
Segundo o relatório State of the C-Suite 2026 da IWG, 82 % das empresas prevêem aumentar o investimento em IA e automação nos próximos meses, esperando com isso reduzir os custos operacionais entre 20 % e 40 %.
Esta transformação tecnológica está a ser acelerada pela colaboração entre gerações: 62 % dos membros da Geração Z já ensinam colegas mais séniores a usar IA para ganhar tempo e eficácia. Do lado da liderança, 77 % dos diretores reconhecem ganhos claros de produtividade e 80 % afirmam que a tecnologia abriu novas oportunidades de negócio.
Flexibilidade e espaços de trabalho em crescimento
O modelo tradicional de trabalho presencial, cinco dias por semana, está em declínio. Em seu lugar, ganha força uma abordagem mais flexível e descentralizada, onde o local de trabalho pode variar entre a casa, escritórios satélite, hubs comunitários ou espaços de coworking. Esta evolução reflecte uma mudança nas expectativas dos profissionais, que valorizam cada vez mais a autonomia sobre onde e como trabalham.
Segundo o relatório da IWG, 83 % dos líderes empresariais já permitem que as suas equipas escolham entre diferentes localizações para desempenhar as suas tarefas. Esta flexibilidade traduz-se numa melhoria significativa da qualidade de vida, com menos tempo perdido em deslocações e mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Desenvolvimento profissional passa por microcertificações
Com as exigências tecnológicas e de mercado em constante evolução, as microcertificações ganham relevância. Estes percursos formativos curtos permitem a aquisição de competências específicas rapidamente, ao contrário de longos programas tradicionais. Esta tendência responde à necessidade das empresas em ter colaboradores com competências atualizadas e práticas desde o primeiro dia.
Saúde mental será central nas estratégias das empresas
Os dados revelam que 57 % dos trabalhadores perdem motivação quando se sentem desvalorizados, o que torna evidente a importância de cuidar da experiência emocional no ambiente profissional. O fenómeno do quiet quitting descreve colaboradores que, embora continuem a cumprir as suas funções, estão emocionalmente desligados do trabalho, situação que pode evoluir para burnout e quebra de produtividade.
Por isso, as empresas vão investir em programas de apoio psicológico, ferramentas de mindfulness e , plataformas de monitorização de stress e iniciativas gamificadas que promovem hábitos saudáveis e incentivem o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Executivos a tempo parcial ganham mais espaço
A volatilidade económica leva ao crescimento da contratação temporária ou parcial de executivos. Estes profissionais oferecem conhecimento altamente especializado sem os custos fixos de um cargo a tempo inteiro.
Proximidade com a comunidade influencia escolha de local de trabalho
O conceito das “cidades de 15 minutos” está a ganhar expressão à medida que o trabalho híbrido se consolida: viver e trabalhar com tudo o que é essencial, como supermercados, centros de saúde e espaços de coworking, acessível a pé ou de bicicleta. Esta proximidade reduz o tempo e os custos de deslocação e fortalece os laços com a comunidade local.
Em Portugal, várias cidades já se aproximam deste modelo urbano. Lisboa destaca-se com mais de 88 % dos residentes a acederem a serviços diários a curta distância, segundo o estudo A universal framework for inclusive 15-minute cities, publicado na revista Nature Cities. Cidades como Porto, Braga, Viseu, Aveiro e Faro seguem a mesma linha.
O trabalho do futuro será feito de pessoas, não apenas de tecnologia: relações mais próximas e rotinas mais equilibradas. Em 2026, trabalhar poderá significar mais liberdade, mais foco no que realmente importa e mais tempo para viver. Subscreva a newsletter do Ekonomista para receber conteúdos como este, com tendências e ideias práticas para transformar o mundo profissional.
Sobre IWG PLC
Informação baseada no relatório da IWG : State of the C‑Suite 2026.
A International Workplace Group (IWG) é uma plataforma de trabalho, que permite que empresas de todas as dimensões trabalhem de forma mais eficiente. A incomparável cobertura de rede da International Workplace Group inclui mais de 4.000 escritórios em 120 países
e 83% das empresas da Fortune 500 estão entre a nossa crescente base de clientes. As marcas Regus, Spaces, HQ e Signature, servem milhões de pessoas, proporcionando espaços
de trabalho profissionais, inspiradores e colaborativos e todos os nossos serviços digitais estão disponíveis através da aplicação IWG.