A Direção-Geral da Saúde emitiu este domingo um conjunto de orientações preventivas dirigidas à população portuguesa, face às previsões meteorológicas que apontam para a chegada de tempo frio nos próximos dias, com especial incidência na região Norte do país.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, os próximos dias trarão tempo frio, com alguns distritos do Norte de Portugal continental a registarem temperaturas negativas.
Esta descida significativa da temperatura motivou a DGS a emitir recomendações específicas para proteger a população dos efeitos negativos do frio na saúde.
Proteja-se e ajude a proteger os mais vulneráveis. Saiba como.
Vaga de frio: riscos para a saúde
A autoridade de saúde alerta para o aumento do risco de doenças respiratórias, agravamento de condições crónicas e acidentes durante períodos de frio intenso.
A exposição prolongada a baixas temperaturas pode ter consequências graves, nomeadamente o desenvolvimento de hipotermia.
Para minimizar os riscos associados ao frio, a DGS aconselha a população a evitar a exposição prolongada a baixas temperaturas e mudanças bruscas no termómetro.
O vestuário deve ser adequado à situação climática, privilegiando o uso de várias camadas de roupa que permitam adaptar-se à temperatura ambiente.
As extremidades do corpo merecem atenção redobrada. A DGS recomenda o uso de gorro, luvas e cachecol, bem como meias quentes e calçado apropriado.
Quando se está em casa, deve evitar-se permanecer sentado por períodos superiores a uma hora seguida, mantendo-se ligeiramente ativo.
Hidratação e alimentação
A hidratação também se mantém essencial durante o inverno. A DGS recomenda que se beba água mesmo sem sede aparente e que se aumente o consumo de sopas e bebidas quentes.
O álcool deve ser evitado, uma vez que proporciona apenas uma falsa sensação de aquecimento.
No que respeita à alimentação, deve privilegiar-se o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes, nomeadamente frutas e hortícolas.
Por outro lado, devem evitar-se alimentos fritos, com excesso de gordura ou açúcar.
Atenção aos grupos vulneráveis
A DGS apela a uma atenção reforçada com os mais vulneráveis, como crianças pequenas, pessoas idosas, pessoas com doenças crónicas, trabalhadores ao ar livre, pessoas em situação de isolamento ou sem-abrigo.
Estes grupos estão particularmente expostos aos efeitos nocivos do frio e necessitam de cuidados acrescidos.
Cuidados em casa e atividades exteriores
No domicílio, é fundamental garantir um aquecimento seguro, verificando o estado dos equipamentos antes da sua utilização.
Quem utilizar braseiras ou lareiras deve assegurar uma ventilação adequada para prevenir a acumulação de monóxido de carbono.
Para quem necessite de praticar atividades no exterior, a recomendação passa por evitar esforços físicos intensos nas horas de maior frio e usar vestuário apropriado.
É também importante prestar atenção às condições do piso, que pode apresentar gelo, aumentando o risco de quedas.
Vacinação como medida preventiva
A DGS aproveita para reforçar a importância da vacinação, nomeadamente contra a gripe e a covid-19, como forma de proteção adicional durante este período.
As doenças respiratórias tendem a aumentar com a chegada do frio, tornando a imunização uma ferramenta preventiva essencial.
Vaga de frio: sinais de alerta
A DGS refere ainda que se deve ligar para o 112 quando se achar que alguém pode estar com hipotermia, incluindo os sinais típicos: tremores, respiração lenta, cansaço ou confusão e pele pálida e fria.
O reconhecimento precoce destes sintomas pode ser crucial para evitar complicações graves.