Share the post "Doenças respiratórias crónicas: saiba quais são e como tratá-las!"
As doenças respiratórias crónicas continuam a ser uma das principais causas de mortalidade em Portugal e esta situação parece não tender a diminuir. Vamos conhecer estas doenças!
Doenças respiratórias crónicas: quais são
As doenças respiratórias crónicas são doenças crónicas das vias aéreas e outras estruturas dos pulmões. Algumas das mais importantes devido à sua elevada prevalência são:
a) asma;
b) doença pulmonar obstrutiva crónica;
c) síndrome de apneia do sono.
Em todo o mundo, milhões de pessoas sofrem de doenças respiratórias crónicas. Para termos noção da prevalência e perigo que estas doenças representam, basta prestar atenção aos números que são conhecidos:
- em 2005, 250 000 pessoas morreram de asma;
- nesse mesmo ano, 3 milhões de pessoas morreram com doença pulmonar obstrutiva;
- estima-se que em 2030 a doença pulmonar obstrutiva crónica se torne a 3ª causa de morte em todo o mundo;
- também em Portugal, as doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade.
Existem ainda outras doenças respiratórias crónicas menos comuns como hipertensão arterial pulmonar, as doenças do interstício pulmonar e a fibrose quística.
Asma
A asma é uma doença inflamatória crónica dos brônquios que resulta do estreitamento dos brônquios, que pode ocorrer em várias circunstâncias. Ficando mais estreitos, o ar sai e entra nos pulmões com mais dificuldade.
As crises de asma podem ser provocadas por diversas substâncias, nomeadamente: certos alimentos; ácaros; certos medicamentos; exercício físico; frio; pó. Há ainda algumas substâncias que não causando asma a podem agravar, tais como: fumo do tabaco; poluição; mudanças bruscas de temperatura; constipações.
A asma provoca sintomas respiratórios, tais como:
- dificuldade em respirar;
- pieira ou chiadeira;
- sensação de opressão do tórax;
- tosse;
- cansaço.
A asma não tem cura, mas pode ser controlada com recurso a medicação e alguns cuidados. Os doentes devem evitar estar expostos às substâncias que habitualmente despoletam as crises, bem como realizar um tratamento preventivo, ou seja, toma de medicação que evite o aparecimento dos sintomas. Nas situações de crise, há outro tipo de tratamentos que podem ser realizados, sempre com orientação médica.
![A asma é uma doença inflamatória crónica](https://cdn.e-konomista.pt/uploads/2019/07/765_360_95616-she-prefers-to-play-rather-than-taking-her-medicine_1533544477.jpg)
Doença pulmonar obstrutiva crónica
Doença bronco pulmonar que resulta de uma obstrução das vias aéreas, que na maioria dos doentes é causada pelo fumo do tabaco. Outras possíveis causas são a poluição e a exposição a fumos químicos, poeiras orgânicas e inorgânicas a que certas profissões obrigam.
A doença instala-se de forma lenta e progressiva, daí que frequentemente os doentes só recorram ao médico já em fases avançadas da doença. Alguns dos sintomas mais comuns são:
- tosse crónica e expetoração;
- infeções respiratórias;
- dificuldade respiratória e pieira;
- sensação de aperto torácico;
- cansaço fácil.
A única forma de impedir a doença de avançar passa por deixar de fumar. A cessação tabágica é fundamental e se não o consegue fazer sozinho deve pedir ajuda ao seu médico. Há ainda outras medidas importantes que devem ser adotadas, tais como evitar e tratar as infeções respiratórias e adotar um estilo de vida saudável. Dependendo da severidade do problema o médico pode prescrever o uso de broncodilatadores, fisioterapia respiratória e oxigénio.
Síndrome de apneia do sono
Doença respiratória do sono provocada por colapsos intermitentes e repetidos da via respiratória superior, provocando pausas respiratórias durante o sono, levando a que as pessoas não tenham um sono repousado. Vários fatores contribuem para o aparecimento da apneia do sono, nomeadamente: fatores genéticos; idade mais avançada; excesso de peso; perímetro do pescoço; consumo de tabaco e álcool.
Alguns sintomas da apneia do sono manifestam-se durante a noite e outros durante o dia. Alguns dos sintomas mais comuns são:
- sono agitado;
- ressonar;
- despertares súbitos com sensação de sufocação;
- azia;
- acordar cansado;
- acordar com a boca seca;
- sonolência diurna excessiva;
- dores de cabeça.
O tratamento varia conforme a gravidade do problema. Os casos mais graves podem beneficiar de ventilação ou tratamento cirúrgico, no entanto, há medidas gerais que todas as pessoas com apneia do sono devem respeitar: reduzir o peso corporal; não consumir álcool após o almoço; manter uma boa higiene do sono; não fumar; evitar dormir deitado de costas.
Veja também: